Justiça eleitoral cassa Ney Santos e seu vice, Dr. Peter, em Embu das Artes
Dr. Peter e Ney Santos tiveram os mandatos cassados pela justiça por suposto uso de dinheiro ilícito na campanha de 2016
A juíza Tatyana Teixeira Jorge, de Embu das Artes, cassou a chapa do prefeito Ney Santos (PRB) e do vice Dr. Peter (MDB) por uso de recursos ilícitos na campanha eleitoral de 2016. A sentença foi dada na semana passada e publicada na última segunda-feira, dia 9.
Segundo apurou o Portal O Taboanense, a decisão não tem efeito suspensivo e Ney Santos irá recorrer no cargo.
De acordo com o site Verbo-Oline, baseado na ação criminal em que Ney é denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por associação a facção criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, já que a Promotoria apontava que a chapa teve parte da campanha financiada com dinheiro do crime.
A decisão é baseada no mesmo processo em que, no início de 2017 suspendeu, por decisão do juiz Gustavo Sauaia, a diplomação e posse de Ney Santos e Dr. Peter. O processo eleitoral é autônomo da justiça comum.
A denúncia do MP, feita através do promotor Estêvão Luís Lemos, acusa Ney Santos de ter usado “contribuições provenientes de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de entorpecentes, incluindo os valores doados pelo próprio eleito à campanha”. A justiça investiga se a campanha de Ney Santos teria sido financiada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Na segunda-feira, dia 9, o site Verbo-Online noticiou que Ney teve a campanha a prefeito em 2016 financiada, “em boa parte”, por um membro da facção criminosa. A notícia se baseia em um suposto áudio gravado por um ex-assessor de Ney Santos. Na conversa, Ney teria dito, entre outras coisas, que sua campanha teria custado ao menos R$ 12 milhões. O áudio não foi divulgado pelo veículo de comunicação.
A reportagem do Portal O Taboanense tentou entrar em contato com o secretário de comunicação da prefeitura de Embu das Artes, Jones Donizetti, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.