62ª Encenação da Paixão de Cristo leva milhares de fiéis ao Parque das Hortênsias e emociona público em Taboão

Quem enfrentou a chuva e assistiu a 62ª encenação da Paixão de Cristo de Taboão da Serra nesta sexta-feira, dia 30, não se arrependeu. Com novo formato, texto e elenco renovado, o espetáculo encantou o público que aplaudiu de pé os 53 atores que se revezaram no palco e as mais de 150 pessoas divididas na produção.

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O espetáculo deste ano foi todo concentrado no estacionamento do Parque das Hortênsias, como nos últimos anos, não houve o calvário de Jesus, que na encenação taboanense ia até o Morro do Cristo. Com a mudança que parece já consolidada, o tempo da peça diminui, passando para pouco menos de duas horas.

O prefeito Fernando Fernandes elogiou o espetáculo e lembrou da sua importância para Taboão da Serra. “A Paixão de Cristo é um dos maiores eventos da nossa cidade, é uma tradição, e esse ano a produção foi muito feliz na realização da encenação, foi muito emocionante ver a participação da população, o empenho dos atores, da direção. A gente sempre sai contente com o resultado do espetáculo”, afirmou.

O organizador do evento, o diretor de cultura Ricardo da Hora, disse que cerca de sete mil pessoas acompanharam o espetáculo. “Foi um novo espetáculo e neste ano, mesmo com a chuva, a presença do público foi grande, bem interessante. Antes a Paixão durava quase quatro horas, era muito exaustivo. Hoje temos um espetáculo de uma hora e quarenta, o público elogiou bastante essa mudança”, disse.

Para o diretor Valter Costa, as mudanças trouxeram uma nova roupagem para a encenação . “Foi uma Paixão que a gente conseguiu ter uma boa harmonia entre a produção, direção e elenco. Montar um espetáculo dessa grandeza com três meses é muito difícil colocar no palco, mas essa parceria fortaleceu bastante o trabalho e conseguimos atingir os objetivos”.

Ainda segundo Costa, houve uma abordagem diferente no texto deste ano. “Tivemos os personagens mais voltados para a questão religiosa. Uma Paixão mais voltada para a igreja. Colocamos três cenas que não estavam no ano passado, uma delas a despedida de Cristo e Maria”.

Já para a atriz Babi Soares, que assumiu o papel de Verônica após Bia Couto ter rompido o tendão de Aquiles, o novo texto deu mais agilidade para o espetáculo. “O texto foi bastante modificado, é um texto mais elaborado, foi feito pelo Zé Maria e pelo Valter Costa, deu uma energia diferente. E o papel da Verônica ganha um destaque, trás a comoção das pessoas quando a personagem mostra o rosto de Cristo”.

Para o estilista David Lima, que produziu os figurinos ao lado de Cida Ribeiro, foi uma retomada do espetáculo. “Depois de quase 10 anos afastados da Paixão de Cristo, esse ano fui ver como ia ser estar trabalhando com uma equipe nova, um pessoal diferente. Foi muito bacana, valeu muito essa nova experiência, achei incrível a Paixão de Cristo, muita coisa nova, atores diferentes, muita harmonia”.

Eddie Ferraz, assistente de produção, destacou o aumento de público neste ano. “Foi bem bacana, apareceu muita gente mesmo. Melhoramos o figurino, a iluminação é nova, feita pelo Alexandre Souza, o cristo foi interpretado pelo Orias Elias, que é do Encena e que ajudaram muito também na produção”, lembrou.

A Paixão de Cristo de Taboão da Serra é uma das mais antigas do Estado de São Paulo e começou a ser encenada em 1956, antes mesmo da emancipação do município.

Prestigiaram o espetáculo o prefeito Fernando Fernandes, o vice-prefeito Laércio Lopes, o secretário de cultura, Israel Luciano e os vereadores Joice Silva, presidente da Câmara, Rita da Saúde, Johnatan Noventa, Cido da Yafarma, Érica Franquini, Eduardo Nóbrega, Carlinhos do Leme e Alex Bodinho.