“A cada dez ligações, sete são trotes”, diz enfermeira do Samu de Embu
Um levantamento feito pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de Embu das Artes, apontou que uma das maiores dificuldades que o serviço encontra não só na cidade, é combater os trotes. Segundo a coordenadora de enfermagem, Cintia Vasconcelos, de Embu das Artes, de cada dez ligações, sete são falsas. O Samu do município, neste primeiro semestre realizou cerca de 29 mil atendimentos.
“É importante todos entenderam o serviço do Samu, acho que assim vamos reduzir os trotes. Só neste primeiro semestre, nossa central atendeu 2.259 ligações enganosas. O serviço é muito importante, trabalhamos com a vida”, informou a coordenadora de enfermagem.
Para evitar os trotes, o Samu montou uma padrão de atendimento, com o objetivo de filtrar as chamadas. O munícipe que ligar no 192, será atendido pelo telefonista auxiliar de regulação médica (Tarm), ele é responsável em acolher o chamado, em seguida a ligação é monitorada por um médico, que irá realizar a triagem do procedimento e se realmente for necessário, o funcionário rádio operador (RO), irá mandar a ambulância para o endereço informado.
“Muitos dos atendimentos nós conseguimos solucionar pelo telefone, e muitos trotes nós também conseguimos detectar. A maioria dos trotes acontecem no período das 13h às 18h, na maioria das vezes praticados por estudantes, através de orelhões da cidade”, destacou Cintia Vasconcelos.
O Samu de Embu, realiza atendimentos clínicos, obstétricos, psiquiátricos e de traumas, que são os acidentes domésticos, quedas e entre outros. De acordo com a polícia, trotes para o serviços como o Samu são considerados um atentado ao serviço público. O autor pode pegar de 1 a 5 anos de prisão.
Projeto. Além do filtro nas ligações, o serviço também tem realizado parcerias com empresas e palestras nas escolas municipais, com o foco de conscientizar os munícipes, e automaticamente reduzir o número de ligações enganosas. “Temos por exemplo o Samuzinho, projeto desenvolvido para a conscientização das crianças do 1º ano ao 9º ano. O projeto foca na importância de quando, como e porque acionar o Samu”, finalizou Cintia Vasconcelos.