A segunda legislatura de Taboão da Serra por Armando Andrade
Entre 2008 e 2010, o ex-prefeito de Taboão da Serra, Armando Andrade, mantinha no Portal O Taboanense uma coluna semanal, onde escrevia sobre a história da cidade e contava passagens dos seus dois mandatos como prefeito e outro como vereador.
Nesse texto publicado por Armando Andrade ele falava sobre a segunda legislatura de Taboão da Serra e com detalhes de um historiador acabou escrevendo, até os pormenores, a votação corrida em 1963.
A seguir, o Portal O Taboanense republica o texto na íntegra:
Os resultados oficiais das eleições de 1963, para a composição da Câmara Municipal da nossa Cidade apresentaram aspectos interessantes, valendo registro na nossa história.
O número de cadeiras era de nove vereadores, sendo que dos nove partidos que participaram das eleições, apenas três conseguiram eleger candidatos.
O PSP – Partido Social Progressista, da prefeita eleita Laurita Ortega Mari, conquistou quatro cadeiras: Ary Dáu, 294 votos; Vacilio Ganacevich, 121; Elder José de Freitas Cunha, o único vereador reeleito, 112 e Delfino Antunes de Souza, 35 votos.
O PSD – Partido Social Democrata, elegeu três candidatos: Walter Belisqui, 88 votos; Francisco Vazami, 82 e José André de Moraes, 63 votos.
A UDN – União Democrata Nacional, teve dois vereadores eleitos: Jaime Rodrigues Lobo, 135 votos e Levy de Souza e Silva com 48 votos.
Apenas quatro vereadores da primeira legislatura se candidataram a reeleição, mas somente Elder José de Freita Cunha voltou a ocupar cadeira na Câmara. Os demais, Antonio Tucunduva, Ednan Vasconcelos e Alberto Carlos de Oliveira foram derrotados.
O vereador Mituzi Takeuti não se candidatou e os demais, tentaram a conquista de outros cargos. Oswaldo Cesário de Oliveira se elegeu vice-prefeito e Bernardino Ferreira Torres, também candidato à vice, obviamente não conseguiu seu intento. Arthur Felix e José Martins, candidatos a prefeito foram derrotados.
Ao longo da segunda legislatura, houve acentuada alteração na composição da Câmara. Diversos suplentes assumiram o cargo e alguns acabaram sendo efetivados. Clemente Rodrigues da Silva foi um deles, tendo sua ascensão após a cassação de Vacilio Ganacevichi; Francisco D’Amico assumiu o cargo em várias ocasiões.
Edgard Perez efetivou-se ao substituir Walter Belisqui, aliás deve ficar registrado que Edgar Perez teve o mesmo número de votos (63) que seu colega de partido José André de Moraes e como era mais novo, tornou-se o primeiro suplente da legenda. Com a saída de Levy de Souza e Silva, entrou em seu lugar em definitivo Abel Soares.
No final da segunda legislatura, ampliada para cinco anos por decisão do regime militar, nossa Casa de Leis era formada pelos seguintes vereadores: Ary Dáu, Delfino Antunes de Souza, Clemente Rodrigues da Silva, Francisco D’Amico, Francisco Vazami, José André de Moraes, Edgard Perez, Jaime Rodrigues Lobo e Abel Soares. Os três vereadores que se licenciaram voltaram a exercer suas funções na Prefeitura.
A eleição da mesa da Câmara era realizada de ano a ano e durante os cinco períodos legislativos foi eleito e reeleito o vereador Ary Dáu, posteriormente vitorioso na campanha para prefeito de 1968, se transformando no terceiro mandatário executivo de Taboão da Serra.