Adolescente é apreendido por planejar ataque a escola em Embu das Artes
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Um adolescente de 15 anos foi internado na Fundação Casa após ser interceptado pela Polícia Civil por planejar um ataque a uma escola em Embu das Artes, na Grande São Paulo. O alerta partiu do Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos do Ministério Público Federal (MPF), que identificou postagens suspeitas em redes sociais e na deep web.
Nas publicações, o jovem, que cursava o primeiro ano do ensino médio na Escola Estadual Alexandrina Bassith, manifestava intenções violentas e citava sofrimento causado por bullying durante o período em que estudava na Escola Jardim da Luz, também em Embu das Artes. Em uma das mensagens, ele escreveu: “e pensar que daqui a alguns meses, estarei deixando minha casa pela última vez, e nunca mais eu vou voltar.”
Durante a investigação, a Polícia Civil apreendeu fogos de artifício, rojões e um simulacro de arma de fogo na residência do adolescente. Ele confessou o plano de extrair pólvora dos fogos para fabricar uma bomba caseira. A mãe do jovem, que o acompanhava na compra dos materiais, afirmou não ter conhecimento das intenções do filho.
O caso foi encaminhado à Justiça, e o adolescente deve responder por atos infracionais como ameaça, apologia e incitação a crimes. Ele foi internado provisoriamente na Fundação Casa por 45 dias, e uma audiência está marcada para as próximas duas semanas. O processo corre em segredo de Justiça.
O jovem declarou admiração por Guilherme Taucci, um dos autores do ataque à escola de Suzano em 2019, que deixou dez mortos e onze feridos. Especialistas alertam para a necessidade de medidas preventivas nas escolas, como acompanhamento psicológico constante e capacitação de professores para identificar sinais de risco.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou repudiar qualquer forma de violência e destacou que o Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) está acompanhando o caso. Psicólogos visitam semanalmente a unidade escolar e encaminham situações graves aos órgãos de proteção à criança e ao adolescente.
O caso reforça a importância de ações preventivas e de políticas públicas para combater a violência e o bullying no ambiente escolar.
Com informações do Ministério Público Federal, Polícia Civil e SBT News.