Agentes de Apoio escolar terceirizados protestam na Câmara de Taboão da Serra por salários atrasados e falta de vale-transporte
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Nesta terça-feira (11), Agentes de Apoio Escolar realizaram um protesto durante a sessão legislativa da Câmara Municipal de Taboão da Serra. Os funcionários, terceirizados pela organização social Odin e responsáveis por auxiliar alunos com deficiências nas escolas municipais, denunciaram o atraso no pagamento dos salários de janeiro e a falta de deposito do vale-transporte, essencial para o deslocamento ao trabalho.
De acordo com os manifestantes, a Odin alega não ter recebido o repasse da Prefeitura de Taboão da Serra, o que impediria o pagamento dos 190 profissionais. A situação tem gerado insatisfação entre os trabalhadores, que cobram uma solução imediata para o problema.
Vereadores presentes na sessão relataram que foram procurados pelos Agentes de Apoio Escolar e intermediaram uma reunião com a vice-prefeita Érica Franquini e o secretário de Educação, Luciano Corrêa, na tarde desta terça-feira. Durante o encontro, o prefeito Engenheiro Daniel teria determinado que parte do valor devido e o vale-transporte fossem depositados ainda hoje nas contas dos funcionários.
A situação dos funcionários foi tema de discussão dos vereadores de Taboão da Serra. Ronaldo Onishi disse que “a Câmara dará esse apoio a vocês, inclusive, para informação, como o presidente Carlinhos já informou, acabando a sessão, nós iremos até a Prefeitura para saber o que está acontecendo e para nós termos uma posição”.
Segundo o vereador, que milita na causa autista, o secretário de governo, Paulo Silas informo que na gestão passada deixou de pagar a empresa por dois meses. “O prefeito Daniel, sensível a essa situação, ele quer que, pelo menos parte [da dívida] seja depositada o mais rápido possível, se possível ainda hoje, para que vocês possam receber o salário de vocês”.
Outro vereador que se manifestou a favor dos profissionais foi Bressan. Segundo ele, o prefeito Engenheiro Daniel já sabe da situação e, ao lado da Câmara Municipal, está dedicado para resolver essa questão. “Isso não pode acontecer, não deve se repetir”, afirmou na tribuna.
Bressan lembrou o compromisso assumido pela empresa ao ser contratada pela gestão passada. “Queria fazer aqui um apelo para a empresa Odin, quando procurada pelos trabalhadores e trabalhadoras, entenda que quando quis concorrer a esse contrato, era um contrato para cuidar de pessoas. E quem se propõe a cuidar de pessoas tem que ter a sensibilidade de se colocar no lugar do outro, respeitar a dor do outro e saber tratar os trabalhadores”.
A situação expõe as dificuldades enfrentadas pelos profissionais terceirizados e levanta questionamentos sobre a gestão dos repasses públicos à organização social responsável. A Prefeitura e a Odin ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.