Analice Fernandes repudia deputado “Mamãe Falei” e pede cassação urgente
A deputada estadual Analice Fernandes (PSDB), de Taboão da Serra, repudiou os áudios atribuídos ao colega de Assembleia Legislativa Arthur do Val (Podemos), conhecido como Mamãe Falei, sobre mulheres na Ucrânia serem fáceis “porque são pobres”.
Em suas redes sociais, Analice disse que “se os áudios que estão sendo atribuídos ao deputado Arthur do Val (Mamãe Falei) forem de sua autoria, é preciso abrir um processo de cassação urgente”.
Analice afirmou que a atitude do deputado é inadmissível. “Mulheres que estão sofrendo todos os tipos de humilhação, dor e medo. Esse comportamento é inadmissível para qualquer pessoa, mas o parlamentar tem doses extras de responsabilidade sobre o que fala”.
“O parlamentar foi à Ucrânia, afirmando que queria ajudar o povo ucraniano, ao invés disso, teria produzido falas vergonhosas, nojentas, cheias de preconceito e violência contra as mulheres ucranianas”, lembrou Analice no Facebok.
Arthur do Val viajou ao país do Leste europeu sob o pretexto de “ajudar” na resistência à invasão russa. “Só vou falar uma coisa para vocês: acabei de cruzar a fronteira a pé aqui, da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro, nunca na minha vida vi nada parecido em termos de ‘mina’ bonita”, disse em um dos áudios vazados.
“A fila das refugiadas… Imagina uma fila sei lá, de 200 metros, só deusa. Sem noção, inacreditável, fora de série. Se pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila de refugiados aqui”, diz o deputado estadual em outra mensagem.
Ate o fechamento da matéria a Alesp não havia se pronunciado sobre o caso. Arthur do Val é pré-candidato ao governo do estado pelo Podemos.
O pré-candidato a presidência pelo Podemos, Sérgio Moro, que chegou a elogiar a atitude de Arthur do Val, logo que ele foi para a Ucrânia, lamentou as falas sexistas do aliado. “Tenho uma vida pautada pela correção e pelo respeito a todos —tanto no campo público quanto na vida privada. Portanto, jamais comungarei com visões preconceituosas, que podem inclusive ser configuradas como crime”, diz.