Apeoesp realiza manifestações em Taboão da Serra contra volta às aulas presenciais
Manifestação da Apeoesp em frente a prefeitura de Taboão da Serra nesta terça-feira, dia 9
Professores ligados ao a Apeoesp realizaram nesta terça-feira, dia 9, três atos em Taboão da Serra reivindicando que às aulas presenciais na rede pública municipal não sejam retomadas nos próximos dias. Os educadores defendem que a categoria, nas salas de aula, está exposta a pandemia do coronavírus.
Na tarde desta terça-feira, dia 9, a Justiça de São Paulo proibiu o governo estadual de realizar atividades presenciais com a convocação de professores nas fases Vermelha e Laranja do Plano São Paulo de combate à covid-19.
A decisão da juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara de Fazenda Pública, vale para os filiados das entidades que ingressaram com a ação na Justiça, das escolas de educação básica do estado, públicas ou privadas, estaduais ou municipais.
Manifestação
A Apeoesp fez o primeiro ato em Taboão da Serra por volta das 9h em frente a prefeitura. Um grupo de professores reivindicaram que o prefeito Aprígio publique um decreto municipal fechando das escolas municipais e estaduais devido a crise pandêmica. “Nosso município enfrenta um colapso no sistema de saúde”, informou em nota o sindicato.
A Apeoesp ainda entende que a prefeitura pode atuar sobre escolas estaduais que funcionem dentro do território municipal. “Nossa cidade alcançou 100% dos leitos de UTI ocupados na semana passada e 11 pessoas já haviam morrido de Covid 19 na fila de espera, ou seja, sem conseguir tratamento”, justificou a entidade.
Uma comissão composta pelo dirigente do sindicato Maurício Santos e peloo professor Denis Almeida foi recebida pela chefia de gabinete de Aprígio. “Ficou acordado que as pautas e reivindicações seriam passadas para o prefeito com devolutiva na tarde de hoje, onde outra reunião com representantes de nosso grupo poderia ser realizada”.
O grupo ainda realizou uma manifestação em frente a Diretoria de Ensino de Taboão da Serra. “Importante destacar que o prédio da diretoria de Ensino estava com um informe na porta indicando que não estavam sendo realizados atendimentos presenciais a professores ou quem quer que seja, ao passo que as escolas Estaduais seguem abertas. Um absurdo”, protestaram os professores que participaram do ato.
Os manifestantes ainda foram recebidos por vereadores durante a sessão da Câmara Municipal. Uma comissão formada pelos professores Najara Costa e Denis Almeida foi recebida no Legislativo.
“O vereador e presidente da Câmara Municipal, Carlinhos do Leme e a vereadora Érica Fraquini ouviram as reivindicações do grupo. “Eles disseram compreender a urgência do assunto e se comprometeram a dialogar ainda hoje com o prefeito para que um decreto específico de proibição de aulas presenciais no município, com relação as escolas municipais e estaduais, seja promulgado”, informou a Apeoesp.
Região
Apesar da decisão judicial, a Apeoesp manteve os atos marcados para acontecer em outras cidades da região. Na quinta-feira, dia 11, a manifestação será em frente ao prédio do paço municipal.
Segundo a Apeoesp, em Embu das Artes, onde já há um decreto do prefeito, o ato será realizado na Câmara Municipal, na quarta-feira, dia 10, às 18h. “O objetivo é cobrar dos prefeitos a edição de decretos impondo o fechamento total das escolas estaduais e municipais neste momento de descontrole da pandemia no país”.