Breno Altman defende povo Palestino em debate no Embu das Artes
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Márcio Amêndola, especial para O Taboanense
No domingo, 2 de junho foi realizado um debate sobre a questão Palestina e o massacre na Faixa de Gaza, com a presença do jornalista Breno Altman, ativista judeu e opositor do Sionismo, representado pelo atual governo de Israel. Altman é professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e fundador do Opera Mundi, site de jornalismo e opinião política.
Compareceram ao local do evento, o TPST – Teatro Popular Solano Trindade, no Centro de Embu das Artes, cerca de 100 pessoas, que ao final do debate participaram do lançamento do livro de Breno Altman: “Contra o Sionismo – Retrato de uma doutrina colonial e racista” (Editora Alameda, SP – 2023).
Para Breno Altman, sob o pretexto de combater os terroristas do Hamas, que realizaram um massacre de mais de 1.000 israelenses em outubro de 2023, o atual governo de Israel, comandado pelo primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, vem há oito meses promovendo uma verdadeira limpeza étnica de Palestinos sem precedentes na História, e já foram mortas mais de 36.000 pessoas, a maioria composta por mulheres e crianças.
Altman contou a história do povo de Israel, sua luta por um país onde judeus poderiam viver em paz, mas cujos objetivos foram contaminados pela ideologia de extrema direita do Sionismo, para ele, nefasto, colonial e racista. Altman não acredita que possam coexistir dois países – Israel e Palestina – no mesmo território, e somente com direitos iguais de voto para judeus, cristãos e muçulmanos, e eleições democráticas o impasse seria resolvido, além da retirada completa dos assentamentos judaicos em terras vizinhas, especialmente da Palestina.
Breno Altman afirmou que “o Sionismo não é herdeiro dos mortos nos campos de concentração nazistas, o Sionismo é o predador desses mortos”. Para ele, “o Sionismo é um dos pilares da Extrema Direita, e para derrotar a Extrema Direita, é preciso derrotar o Sionismo”, concluiu.
Durante o evento, após uma rápida aparição na plateia da candidata a prefeita de Embu, Rosângela Santos, ela foi filmada anonimamente, e depois associada a um vídeo imputando a ela e aos organizadores do evento e ao convidado, acusações falsas, repudiadas pelos presentes ao debate, que não são antissemitas, mas repudiam os ataques do governo israelense que já causaram mais de 36 mil mortes de civis Palestinos na Faixa de Gaza.
No final do encontro, as pessoas presentes redigiram um manifesto em solidariedade pelo povo palestino e pela paz. Leia aqui