Câmara de Taboão rejeita contas de 2011 do ex-prefeito Evilásio Farias
Oposição votou contrário ao parecer do TCE, os vereadores Moreira e Luzia Aprígio defenderam o ex-prefeito
A Câmara Municipal de Taboão da Serra rejeitou na noite desta terça-feira, dia 30, por nove votos a três, as contas do ex-prefeito Evilásio de Farias (PSB)) referente ao ano de 2011. Os parlamentares seguiram o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Farias não compareceu e nem enviou advogado para defendê-lo. “O ex-prefeito foi notificado, mas não compareceu, nem entrou em contato com essa Câmara. A notificação foi feita por edital no Diário Oficial do Município e do Estado, por ele não ter endereço conhecido”, explicou o presidente da Casa, José Aparecido Alves, o Cido (DEM).
O vereador Marco Porta (PRB) declarou voto favorável do TCE e informou que o que estava em julgamento eram as contas de 2011 do ex-prefeito e não o Evilásio . “Não estamos julgando a pessoa do dr. Evilásio, não tenho motivo nenhum para coloca-lo em cheque. O que estamos julgando aqui são as contas públicas do ex-prefeito do ano de 2011. O problema foi a falta de projetos”, declarou.
Um os itens apontados como irregular pelo Tribunal de Contas foi em relação ao repasse do Fundeb. De acordo com o TCE “não há como acolher a justificativa de que a impropriedade decorreu de um lapso” e conclui que o “o apontamento é grave e demanda de regularização imediata”.
O vereador Moreira (PT), votou contrário ao parecer do TCE e declarou que o ex-prefeito iniciou muitas obras no município. “Ele [Evilásio] preparou a base. As escolas que foram inauguradas só trocaram os nomes, foi com verba do governo federal, mas iniciada pelo governo anterior. Houve erros, mas acredito que houve mais acertos do que erros. Acredito que essa foi uma decisão política do Tribunal de Contas”, disparou.
“Ele fez várias coisas, algumas não deram certo, mas muitas coisas ele trouxe, como o Centro de Fisioterapia”, disse a vereadora Luzia Aprígio (PSB) ao defender o ex-prefeito Evilásio Farias.
O presidente da Casa, vereador Cido citou alguns itens nomeados no documento do TCE como irregulares; fraudes nos pagamentos de “verbas indenizatórias”, na “dívida ativa”, na “saúde”, na “licitação do lixo”, “pagamentos cronológicos”, entre outros. “Estamos falando aqui é de crime. Quem votar favorável está indo contrário àquilo que rege uma administração séria… Não podemos concordar com essa fraude”, concluiu.
O líder do governo na Casa, vereador Eduardo Nóbrega (PR) faltou à sessão.