Clima seco: Taboão da Serra está há 100 dias sem chuva forte
Umidade do ar deve se manter entre 46% e 35% nos outros dias da semana em toda a região
Taboão da Serra completa nesta terça-feira, dia 23, 100 dias sem chuvas significativas registradas na cidade. O tempo seco vem causando queimadas em matas, além de aumentar as doenças respiratórias, principalmente em crianças. Durante toda a semana passada, a umidade relativa do ar ficou abaixo de 30% na Grande SP, segundo dados do Climatempo.
Nesta terça-feira, dia 24, pode chuviscar no início da manhã e no final da tarde em Taboão da Serra. A temperatura irá ficar entre 14ºC 22º C e a umidade deve chegar a 60%. Na quarta-feira, dia 25, a possibilidade de chuva é muito remota e a umidade do ar deve cair para menos de 45%.
Mas, mesmo sem previsão de chuva para os próximos dias, a umidade do ar deve se manter entre 46% e 38% nos outros dias da semana. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é que ela varie entre 50% e 80%.
Em Embu das Artes e Itapecerica da Serra, que também sofrem com a falta de chuvas a quase 100 dias, a previsão segue a mesma de Taboão da Serra. A umidade relativa do ar um pouco mais alta até quarta-feira, quando o clima seco deve voltar a predominar, caindo para menos de 45% em toda a região.
Itapecerica da Serra inclusive deve registrar as temperaturas mais baixas das cidades da região. A mínima para quarta, quinta e sexta-feira deve chegar a 12º C.
Em Juquitiba, a umidade do ar chega a 80% nesta terça-feira, dia 24, e pode chover fraco no início do dia. Nos dias seguintes, a umidade cai bastante, chegando 40% no fim de semana. A temperatura deve ficar entre 26º C e 15º C.
Em São Lourenço da Serra a umidade do ar fica em 74% nesta terça-feira, caindo para menos de 35% no sábado, dia 28
O padrão de ar seco deve predominar sobre o estado de São Paulo, de forma geral, até o fim de julho, segundo informou o site Climatempo. Mais duas frentes frias vão passar por São Paulo até o fim de julho. A primeira durante a terça-feira, 24 de julho, e a segunda deve chegar ao estado no dia 29 de julho. Estas frentes virão mais fortes e poderão provocar chuva.
Na capital, onde a medição de chuva é feita diariamente, choveu 12,7 mm em junho, 75% abaixo da média histórica para o mês, que é de aproximadamente 50 mm. Essa baixa precipitação pluviométrica correspondem tecnicamente a chuviscos. São Paulo está há 97 dias sem registrar uma chuva forte.
Cuidados com a saúde
A otorrinolaringologista Larissa Macedo Camargo afirma que, com a baixa umidade, as mucosas dos olhos, da boca e do nariz ficam ressecadas, favorecendo a atuação de agentes externos, como vírus e bactérias. As principais doenças que se manifestam nesse período são as infecções das vias aéreas, como rinites, sinusites, pneumonias e asma.
“Com a desidratação da mucosa, além da facilidade de aderência desses agentes externos, as células do sistema imunológico têm mais dificuldades de chegar às vias áreas. Então, o aporte de células de proteção é reduzido”, disse a Agência Brasil.
Para reduzir as consequências do clima seco, a receita é investir na hidratação, consumindo muitos líquidos e lavando o nariz com soro fisiológico, além de hidratar a pele para evitar dermatites. A médica também orienta evitar locais com aglomeração de pessoas e deixar os ambientes limpos e arejados. Ela recomenda o uso de umidificadores de ar apenas por curtos períodos, para que não haja proliferação de mofo no ambiente.
Com o tempo seco, o período recomendado para a prática de atividades físicas é antes das 10h e após as 17h. Outras orientações da Defesa Civil são usar roupas leves, fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras, usar sombrinha ou guarda-chuva para andar nas ruas no período mais quente. A hidratação deve ser reforçada nas crianças, com a ingestão de bastante líquido. Os idosos também exigem atenção, pois são suscetíveis a problemas respiratórios.
Com informações da Agência Brasil e do Climatempo