Clube de rinha de galo é estourado pela Polícia em Itapecerica da Serra
Após um mês de investigação, a Delegacia de Polícia de Crimes Contra o Meio Ambiente estourou na noite domingo (21) um clube em Itapecerica da Serra onde ocorriam rinhas de galo. Na ação, foram presas 17 pessoas com idades entre 33 e 63 anos, e de variadas profissões: dentistas, comerciantes, músicos, corretor de imóveis, vigilantes, etc. Fora a proprietária e moradora do local, todas as outras 16 pessoas eram homens.
Há um mês a polícia se infiltrou no clube – que aceita apenas a presença de associados – para obter informações sobre a atividade ilegal. Segundo informações, as rinhas ocorriam aos domingos à noite, com apostas que variavam de R$ 50 a R$ 200. Galos chegavam a ser vendidos por R$ 4 mil.
De acordo com o delegado de polícia Mauro Gomes Dias, o local foi feito especificamente para a prática de rinhas. “A estrutura foi construída para essa finalidade, pois lá havia lanchonete, enfermaria para os animais e outros indícios que nos levam a essa conclusão”, afirmou o delegado, descrevendo que no local “havia sangue para todos os lados”.
Foram apreendidos 109 galos, dezenas de esporas e instrumentos usados nos animais de briga, quatro tesouras cirúrgicas, produtos farmacêuticos (remédios, anabolizantes, etc.), 3 seringas, e pacotes com agulhas.
O estouro desse clube de rinha de galo de Itapecerica ganha notoriedade devido ao famoso caso em que o publicitário do PT, Duda Mendonça, foi preso envolvido nessa mesma atividade há menos de dez dias do segundo turno das eleições municipais de São Paulo deste ano.
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