CMDCA deve decidir hoje rumos das eleições para conselheiro tutelar de Taboão da Serra
A Comissão Eleitoral, o CMDCA e o Instituto Zambini se reunirão nesta segunda-feira, dia 11, para decidir se haverá ou não nova eleição
Os rumos das eleições para conselheiros tutelares de Taboão da Serra continuam indefinidos. Na quinta-feira, dia 7, o Ministério Público realizou uma recontagem das listas de presença, que foi um dos motivos que levou a Comissão a pedir a anulação do pleito.
A recontagem apresentou nova divergência nos resultados. “Feita a recontagem, a Comissão foi oficializada para que delibere [até esta segunda-feira, dia 11] a respeito e oficialize todas as suas decisões, justificadas, no Diário Oficial”, declarou a promotora de Justiça Maria Julia Kaial Cury.
Para a promotora Maria Julia, o pleito só deverá ser anulado se houver elementos fortes que comprovem algum tipo de fraude, caso contrário é um ato administrativo nulo. “A Comissão que irá resolver se haverá ou não novas eleições. Se eu não concordar [com os motivos apresentados para impugnar o pleito] entro com processo judicial. […] Estamos tentando salvar um processo eleitoral”, concluiu.
As eleições para Conselheiro Tutelar em Taboão da Serra aconteceu no dia 6 de outubro. Após uma série de denúncias e reclamações dos candidatos, a Comissão Eleitoral do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) pediu para a justiça anular o resultado e marcou novas eleições para o dia 24 de novembro de 2019.
Porém, se houver novas eleições, de acordo com a promotoria, será necessário abrir novos prazos para que candidatos se inscrevam para concorrer, período para campanha eleitoral, “começa tudo de novo”.
O presidente da Comissão Eleitoral, Márcio Alves da Silva, informou que a decisão de anular o pleito foi unanime. Mas após a recontagem das listas de presença, o CMDCA e o Instituto Zambini se reunirão nesta segunda-feira, dia 11, para decidir se haverá ou não nova eleição.
“Vamos verificar se a diferença de votos irá alterar ou não o resultado das eleições e também a questão das denúncias. Vamos dar um prazo para que as pessoas nos procurem e apresentem as provas para decidirmos se haverá ou não a anulação do pleito”, disse Silva.
Parte dos candidatos quer novas eleições, pois pela terceira vez os números finais apresentaram divergências. Inclusive, se houver novo pleito, foi sugerido, por eles, o uso da urna eletrônica, “para evitar fraudes”.