Comissão de Direitos Humanos debate Empoderamento Feminino em Taboão da Serra
O tema foi analisado sob várias perspectivas
Audiência aconteceu no plenário da Casa de Leis de Taboão, no dia 23
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Taboão da Serra debateu o Empoderamento Feminino em audiência pública realizada no dia 23. O tema foi analisado sob várias perspectivas passando pela participação das mulheres na política, as diferenças salariais que elas vivenciam no mercado de trabalho e as diversas formas de crimes virtuais e as consequências das calúnias praticadas contra as adolescentes nas escolas. A audiência abriu espaço para as mulheres relatarem suas experiências e desafios e ainda prestou contas das leis aprovadas na cidade em favor das mulheres, contra a violência e pela igualdade.
“Muito se ouve falar de empoderamento feminino. Porém o significado prático é garantir a igualdade de direitos. Cada mulher, em seu espaço de atuação pode criar formas de empoderar outras, só basta força de vontade e coragem para enfrentar as barreiras impostas pelo machismo ainda existente.
O nosso objetivo não é criar um grupo de “mulheres individualistas”, mas sim, mulheres conhecedoras de seu valor, de seus direitos e deveres”, descreveu a vereadora Priscila Sampaio, presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Um ponto alto do evento foi a constatação de que na Câmara de Taboão o Empoderamento Feminino deixou de ser apenas discurso e se tornou ação. A cidade tem quatro vereadoras eleitas Priscila Sampaio, Rita de Cássia e Joice Silva, que entrou na história como primeira mulher presidente do Poder Legislativo. Outro dado que despertou a atenção é o fato do município ser berço de leis que viraram políticas públicas estaduais, como os projetos Tempo de Despertar e Notificação Compulsória dos casos de violência à mulher pela Secretaria de Saúde, ambas de autoria de Joice Silva.
A vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, vereadora Rita de Cássia, lembrou aos homens presentes que todos nasceram por causa de mulheres, mães. Citou que mesmo as mulheres trabalhando fora, igual aos homens, quando ambos chegam em casa só as mulheres trabalham. Ela revelou que muitas vezes, nas Câmaras, as mulheres se sentem engessadas. “Nessa audiência, discutindo esse assunto me sinto desengessada. A gente tem que falar de todas as dificuldades, violência e preconceito que nós mulheres enfrentamos. Direito é pra todos. Isso tem que acabar”, declarou.
O vereador professor Moreira, membro da Comissão de Direitos Humanos foi representado no evento por sua assessoria. Também participaram da audiência os vereadores Dr. Ronaldo Onishi, Cido Da Yafarma, a coordenadora dos Direitos da Mulher de Taboão, Sueli Amoedo, a presidente do Conselho Tutelar, Izabel Ferreira, a psicanalista Regiane Souza, palestrante da USP, Hannah Maruci.