Conheça o programa de medicina na Argentina “Universidades pela Emergência da Covid-19”
“Universidades para a Emergência do Covid 19” (PUPLEC) é o nome do programa de medicina na Argentina que convoca estudantes universitários para trabalhar voluntariamente em ações comunitárias relacionadas à assistência, prevenção e promoção da saúde, em coordenação com os agentes de saúde da comunidade, no âmbito da pandemia.
O PUPLEC foi lançado em 15 de abril de 2020, pelo Ministério da Saúde da Nação, por meio da Direção Nacional de Talento e Conhecimento Humano, e pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Políticas Universitárias, em parceria com todas as Universidades Nacionais da Argentina.
A iniciativa busca centralizar e coordenar os projetos que as instituições de ensino superior vêm realizando. A chamada é dirigida a estudantes universitários de todas as carreiras, principalmente os que cursam medicina na Argentina. Os alunos interessados poderão treinar e integrar equipes de saúde, bem como colaborar na assistência e acompanhamento de indivíduos pertencentes a grupos de risco para a Covid-19.
De acordo com o treinamento e as tarefas a serem executadas, o programa de voluntariado de medicina na Argentina consistirá em três níveis:
O primeiro, com estudantes universitários de todas as carreiras que desejam auxiliar os idosos e grupos de risco em questões de procedimentos urgentes e cuidados, compras de alimentos ou medicamentos, dando assistência por telefone para a população em isolamento social.
No segundo nível, os estudantes de graduação da área da saúde prestam assistência, colaboram nas campanhas de vacinação, testes rápidos, triagem, entre outros.
E um terceiro nível, que conta com estudantes dos últimos anos do curso de medicina na Argentina e outros de áreas como, os que poderão apoiar equipes médicas em todos os níveis, incluindo hospitais de campanha e centros de saúde.
Essas atividades exigirão, em primeiro lugar, o treinamento de todos os participantes antes de realizar qualquer trabalho voluntário. Para se inscrever no programa, os alunos devem preencher um formulário online.
Entre as universidades envolvidas no projeto estão a Universidade Nacional de Río Negro (UNRN), uma das primeiras a apoiar a chamada dos alunos; a Universidade Nacional de Quilmes (UNQ); e a Universidade Nacional de Lomas de Zamora (UNLZ).
O reitor da UNLZ, Diego Molea, comemorou a iniciativa que vai aprimorar as ações de todas as universidades. “As universidades têm vocação para ajudar e apoiar, tivemos muitos projetos que desenvolvemos individualmente, isso nos dará ordem e nos capacitará”. Destacou Molea.
Algumas das metas prioritárias indicadas pelo programa de medicina na Argentina, “Universidades para a Emergência do Covid 19”, são as seguintes:
– Expandir o escopo das equipes de saúde diante dessa pandemia;
– Promover a formação de equipes interdisciplinares que lidam com questões relacionadas à assistência, prevenção e promoção comunitária da saúde;
– Acompanhar e ajudar as pessoas que compõem os grupos de risco (idade acima de 60 anos, pessoas com doenças respiratórias, cardiovasculares, diabetes, entre outras).
– Acompanhar a assistência médica como equipe de apoio;
– Detectar situações de emergência a serem contempladas nas comunidades (situações de violência, problemas nutricionais, diagnóstico de eventos de saúde mental, entre outras).
Segundo o governo argentino, apesar de grande parte do País ter avançado em direção à saída da quarentena e as flexibilizações já estarem sendo estudadas pela Área Metropolitana de Buenos Aires (AMBA), esse programa será válido pelos próximos seis meses, com a possibilidade de ser estendido pelo mesmo período de tempo “enquanto persistirem os motivos que originaram sua criação”. Vale ressaltar que em todo o sistema educacional argentino, há quatro meses, as aulas deixaram de ser presenciais devido à pandemia.
A Argentina ultrapassa a marca de 148 mil infecções pelo novo coronavírus, com mortes que ultrapassam 2,7 mil. O país vem registrando, nos últimos dias, recordes de notificações da Covid-19 que superam a marca dos 6 mil casos diários.