Conta de luz residencial em Itapecerica da Serra deve subir 5,67% em julho
Com informações de Daniel Mello, da Agência Brasil São Paulo
Os consumidores residenciais atendidos pela Enel na Grande São Paulo deverão ter um reajuste de 5,67% na conta de luz a partir de julho. O aumento será aplicado em 24 cidades, entre elas Itapecerica da Serra e todas as outra da região: Taboão da Serra, Embu das Artes, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu, Juquitiba, além da capital.
O percentual foi apresentado em abril em audiência pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para discutir o assunto na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na média para todas as categorias, a tarifa deve aumentar 6,32%, sendo 5,75% em média para os consumidores de baixa tensão e 7,85% para os clientes que usam alta tensão.
Ao apresentar a composição das tarifas, a Enel indicou como elementos que têm pressionado os preços para cima o valor cobrado pela energia da Hidrelétrica de Itaipu, que vende a eletricidade em dólar. Também puxa para cima os valores cobrados pela concessionária o preço da energia usada de termelétricas. Segundo a empresa, o custo da energia é responsável por 34,5% do preço total da tarifa e 26% são impostos e tributos.
A Enel Distribuição São Paulo é uma empresa da multinacional de energia Enel. A companhia é a maior distribuidora do país em número de clientes e atende 7,2 milhões de clientes em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu e Juquitiba.
A empresa de capital italiano assumiu em junho de 2018 as operações da AES Eletropaulo, que administrou o sistema por cerca de 20 anos. A Enel atual ainda em Pirapora do Bom Jesus, Cajamar, Santana de Parnaíba, Barueri, Osasco, Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Vargem Grande Paulista, Cotia, Diadema, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo , Santo André, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e Mauá.
Qualidade do serviço
Segundo a Aneel, as reclamações em relação aos serviços da concessionária caíram na comparação dos últimos quatro anos. Em 2015, a agência registrou 25 mil reclamações, enquanto em 2018 foram 14,6 mil. As variações de consumo nas contas e os prejuízos a aparelhos elétricos foram as maiores causas de incômodo entre os consumidores. Também foi apontada uma melhoria nos indicadores de qualidade do serviço como a redução de interrupções no fornecimento e do tempo de duração das quedas de energia.
Apesar das melhorias dos indicadores na média, o vice-presidente do conselho de consumidores da Enel, Gilmar Ogawa, disse que há assimetrias e que em algumas regiões praticamente não houve melhora. “A gente não viu muita evolução nesses quatro anos”, enfatizou ao citar como exemplo o bairro paulistano de Parelheiros, no extremo sul da cidade. “Eu não vou culpar a Enel porque está assumindo o passivo da antiga Eletropaulo”, ponderou.
O presidente da distribuidora da Enel em São Paulo, Max Xavier, destacou que no último ano foi investido um montante de R$ 1,3 bilhão no sistema. Para os próximos três anos, a previsão é que sejam investidos mais R$ 3 bilhões.