Conta de luz residencial em Taboão da Serra sobe 7,03% nesta quinta-feira
Com informações da Agência Brasil e da Enel
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, dia 2, um reajuste de 7,03% nas tarifas da Enel São Paulo (ex-Eletropaulo), responsável pelo fornecimento de energia elétrica para as cidades da região.
O aumento será aplicado em 24 cidades de São Paulo, entre elas Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu, Juquitiba, além da capital. As novas tarifas entrarão em vigor a partir do dia 4 de julho, nesta quinta-feira.
Segundo a Enel, a revisão tarifária ocorre a cada quatro anos, conforme estabelecido no contrato de concessão, e visa a preservar o equilíbrio econômico-financeiro da companhia. O principal fator que influenciou a revisão deste ano foi o aumento do custo com a aquisição de energia, que representa 34% da composição tarifária.
A empresa justificou dizendo que a compra de energia foi impactada pelos elevados custos da geração de energia térmica no Brasil – uma vez que o nível dos reservatórios das hidrelétricas estiveram baixos nos últimos anos -, além da elevação do custo de energia da Usina Hidrelétrica de Itaipu, em função do aumento da variação cambial em relação ao dólar.
Com a revisão tarifária deste ano, como exemplo, em uma conta de energia no valor de R$ 100, apenas R$ 17 são destinados à distribuidora e utilizados para operação, expansão e manutenção da rede de energia elétrica. O restante do valor é destinado a cobrir os custos de transmissão, compra de energia, encargos setoriais e impostos, que não ficam com a distribuidora.
A Enel Distribuição São Paulo é uma empresa da multinacional de energia Enel. A companhia é a maior distribuidora do país em número de clientes e atende 7,2 milhões de clientes em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu e Juquitiba.
A empresa de capital italiano assumiu em junho de 2018 as operações da AES Eletropaulo, que administrou o sistema por cerca de 20 anos. A Enel atual ainda em Pirapora do Bom Jesus, Cajamar, Santana de Parnaíba, Barueri, Osasco, Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Vargem Grande Paulista, Cotia, Diadema, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo , Santo André, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires e Mauá.
Além do reajuste médio de 7,03% para os consumidores domésticos, a Enel divulgou que para os clientes atendidos em média e alta tensão, em geral indústrias e grandes comércios, o reajuste foi de 8,46%.
Qualidade do serviço
Segundo a Aneel, as reclamações em relação aos serviços da concessionária caíram na comparação dos últimos quatro anos. Em 2015, a agência registrou 25 mil reclamações, enquanto em 2018 foram 14,6 mil. As variações de consumo nas contas e os prejuízos a aparelhos elétricos foram as maiores causas de incômodo entre os consumidores. Também foi apontada uma melhoria nos indicadores de qualidade do serviço como a redução de interrupções no fornecimento e do tempo de duração das quedas de energia.
Apesar das melhorias dos indicadores na média, o vice-presidente do conselho de consumidores da Enel, Gilmar Ogawa, disse que há assimetrias e que em algumas regiões praticamente não houve melhora. “A gente não viu muita evolução nesses quatro anos”, enfatizou ao citar como exemplo o bairro paulistano de Parelheiros, no extremo sul da cidade. “Eu não vou culpar a Enel porque está assumindo o passivo da antiga Eletropaulo”, ponderou.
O presidente da distribuidora da Enel em São Paulo, Max Xavier, destacou que no último ano foi investido um montante de R$ 1,3 bilhão no sistema. Para os próximos três anos, a previsão é que sejam investidos mais R$ 3 bilhões.