Criminosos usaram coquetel molotov em ataque ao banco Itaú
Moradores observam agência bancária atacada pelo PCC no domingo
Apesar do laudo pericial ainda não ter sido entregue, a polícia de Taboão já descartou a possibilidade de uma granada ter sido usada no atentado contra o banco Itaú na noite deste domingo, dia 14. Um policial civil afirmou que pelo menos um coquetel molotov teria sido atirado na área do caixa eletrônico.
Segundo o policial, que pediu para não ser identificado, pelo poder de destruição causado ao banco, a bomba seria de um volume muito grande. “Acredito que pelo menos dois litros de combustível foram usado, a área do caixa eletrônico ficou completamente destruída”, garantiu. Provavelmente foram usadas três garrafas de cerveja no atentado.
O coquetel molotov é uma bomba incendiária feita com uma garrafa de vidro cheia de produto inflamável, geralmente gasolina, com um estopim na ponta. Quando a garrafa se espatifa no chão causa o incêndio.
De acordo com funcionários do banco Itaú, a agência da rua do Tesouro deverá ficar fechada por tempo indeterminado. Os funcionários foram remanejados para sua outra filial que fica na mesma rua, próximo ao Mc Donald´s. Na manhã desta segunda-feira, dia 15, centenas de moradores paravam em frente ao banco para ver o estrago que foi causado pelo ataque do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A assessoria de imprensa do banco foi contata para que desse um posicionamento em relação aos depósitos que foram feitos no fim de semana nos caixas eletrônicos, mas não obtivemos resposta até o fechamento da edição.
Revolta, medo e insegurança
Os moradores que circulavam pelas ruas do centro da cidade se mostravam indignados com a ação criminosa do PCC. “Acho uma vergonha, essa gente tem que ficar presa e incomunicável, a polícia tem que ser dura, não pode aliviar para esses bandidos”, disse um comerciante.
Uma idosa que observava a destruição do banco Itaú ao ser abordada pela reportagem para comentar sobre a série de atentados mostrou a sensação de insegurança que ronda a população. “Meu jovem, sou velha, mas tenho medo de morrer, tire esse microfone da minha frente”.
Transtornos
Além do clima de insegurança os moradores de Taboão da Serra tiveram que conviver com outro problema, o trânsito caótico devido as barreiras policiais. A avenida Jovina de Carvalho Dáu, uma das mais movimentadas da cidade, permanece fechada para evitar ataques a delegacia.
Na frente da prefeitura a Guarda Civil Municipal também montou uma barricada proibindo que carros e motos passem na frente do Poder Executivo. No Pq. Pinheiros, o Fórum recebeu proteção especial e no Pirajuçara o Batalhão da Polícia Militar também está em alerta com homens do lado de fora.
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