Delegado pede prisão preventiva de pedreiro acusado de matar a própria filha
O delegado da 1ª Delegacia de Polícia de Taboão da Serra, Dr. Altamiro Nunes, disse nesta sexta-feira, dia 28, que pediu a prisão preventiva de Carlos José Bury, acusado de ter matado a própria filha de cinco anos para supostamente se vingar do fim do relacionamento com sua ex-esposa e mãe da vítima.
O policial afirmou que o caso foi registrado como feminicídio. “Era uma criança vulnerável que não tinha como reagir”, disse. Segundo o delegado as investigações apontam que a criança foi morta por sufocamento com o uso de um travesseiro ou outro objeto. Ela teria passado o Natal com o pai que, separado da ex-mulher, não a teria devolvido conforme combinado.
“Fizemos o pedido de prisão preventiva de 30 dias. Estamos em diligências para que possamos prender esse indivíduo. Vamos em breve trazer a resposta para esse infame crime. É questão de honra para a Polícia Civil colocar esse indivíduo na cadeia, depois é com a Justiça”, disse Dr. Altamiro.
O delegado não quis adiantar quais serão os próximos passos da investigação. “Essa hora precisamos manter o sigilo, qualquer informação agora pode ser prejudicial as investigações”, disse. Dr. Altamiro pediu que a população denuncie o paradeiro do assassino. “As denúncias podem ser feitas anonimamente pelo 181 ou na própria delegacia, (11) 4701-2233, falar com a investigação”.
Entenda o caso
Na noite da última quinta-feira, dia 27, na rua Antônio Maciel de Oliveira, no Jd. Intercap, em Taboão da Serra, Beatriz Pereira Bury, de 5 anos, foi assassinada na casa de seu pai, onde passou o Natal. A mãe da criança acusa o ex-marido de ter estrangulado até a morte a própria filha por vingança.
De acordo com depoimentos, Lucimara Pereira Bury estava separada do marido há mais de um ano e a criança ficava alguns dias com o pai. O acusado de ter matado a própria filha, o pedreiro Carlos José Bury, de 53 anos, deveria ter levado a filha de volta para a mãe nesta quinta, mas a menina não apareceu.
Lucimara teria ido até a casa do ex-marido e após tocar diversas vezes a campainha sem sucesso entrou no local, onde encontrou o corpo da filha já sem vida ao lado de um ursinho de pelúcia.
A mãe acionou a Guarda Civil Municipal que foi até a residência onde os GCMs encontraram o corpo da criança coberto por um edredom em um dos quartos. A menina, Beatriz Pereira Bury, já estava morta e apresentava hematomas no rosto e no pescoço.
Segundo informações obtidas pelo Portal O Taboanense, a casa estava vazia quando a GCM chegou ao local, o carro do pedreiro Carlos José Bury estava estacionado na garagem. Ele é considerado foragido pela Polícia.
Um vizinho disse que ouviu um forte barulho vindo do local do crime por volta das 16h. A Polícia Civil já requisitou as filmagens das câmeras de segurança de outras residências da rua. Pessoas ouvidas pela Polícia Civil descreveram Carlos José era uma pessoa calada e reservada, que não tinha amigos no bairro.