Do físico ao digital: produtos que estão sumindo do mundo físico

Alguns serviços e produtos que eram usados diariamente simplesmente sumiram. Isso não se trata de algo sobrenatural, já que eles apenas migraram para o digital. Esse fenômeno já aconteceu com diversas coisas, como mapas de viagem, DVDs e fotografias, mas alguns continuam passando por essa transformação.
O streaming engoliu as locadoras
O exemplo mais clássico dessa transformação foi o desaparecimento das locadoras. Nesse sentido, o tempo que se passava olhando as prateleiras buscando um título interessante agora mudou para o ato de rolar a página dos serviços de streaming.
Quando sites como o Netflix e Amazon Prime Video começaram a crescer, as locadoras começaram a desaparecer. A razão é clara: as locadoras, embora ainda oferecessem uma ampla variedade de títulos, não conseguiam competir com a conveniência do streaming, que permite assistir a qualquer momento e sem as limitações físicas dos DVDs.
Porém, as plataformas de vídeo sob demanda já oferecem o trailer, permitem escolher e assistir sem sair de casa e não exigem um dispositivo externo, como o leitor de DVD, para isso. E, se no passado o streaming foi o terror das locadoras, agora é o terror da TV. Pela primeira vez, o streaming terá mais investimento em novos conteúdos do que a TV aberta, que já vem perdendo força há mais de uma década.
O console de jogo agora cabe na palma da mão
Antigamente, para se divertir com jogos era preciso ter equipamentos específicos, mas, atualmente, já não são necessários. Para os fãs de jogos, as plataformas de jogo online permitem jogar de qualquer lugar e com qualquer dispositivo com internet.
Assim como os consoles de jogos tradicionais evoluíram para oferecer uma experiência portátil via smartphones, os cassinos físicos estão perdendo espaço para plataformas de iGaming. Essas plataformas permitem que o usuário aposte online em versões digitais das clássicas máquinas caça-níqueis, ou até mesmo que participe de mesas com jogos de cartas ao vivo, como pôquer e blackjack, com crupiês profissionais, tudo isso sem precisar sair de casa.
A reinvenção das livrarias, bancas e até universidades
O consumo de conteúdo escrito também mudou — alguns dos grandes jornais possuem versão digital com assinatura mensal e ainda conseguem se manter no mercado. As editoras de livros enfrentaram o mesmo processo, iniciando com as obras clássicas e a criação dos e-books, mas hoje incluindo muitos outros serviços como audiolivros e plataformas de assinatura.
A educação também não fica de fora dessa digitalização e, atualmente, os cursos à distância e os presenciais já têm quase o mesmo número de alunos. Entre os motivos do crescimento estão o custo mais baixo, por não precisar de estrutura física, e o tempo de deslocamento.
E o que mais falta digitalizar?
Embora ainda sejam muito usados, alguns itens começam a desaparecer. O celular começou a absorver as papelarias, então cartões de visita, calendários e calculadoras já não são mais tão vendidos como antigamente.
Os cartões de crédito já são digitais, e os álbuns de fotografia são as redes sociais. Então, nos próximos anos, podemos esperar uma digitalização massiva até mesmo de itens pessoais, como chaves e passaportes. E, assim, cada vez mais os produtos devem sumir do mundo físico, assumindo uma forma digital.