Em 1991, caos quase levou ao fechamento do Posto Regional do Trabalho em Taboão
Fila em frente ao Posto Regional do Trabalho em 1991, na unidade de Taboão da Serra
Olá amigos, nesta semana vamos relembrar mais uma matéria do nosso acervo histórico. Nessa coluna, abordamos uma matéria publicada originalmente na edição nº 401 do Jornal O Cidadão, publicada em abril de 1991. O destaque da semana foi a possível saída do Posto Regional do Trabalho, que atendia Taboão da Serra e Embu.
“Por pouco o Posto Regional do Trabalho, que atende Taboão da Serra e Embu, sediado na rua Santa Luzia, no Centro de Taboão, não foi depredado na manhã da última terça-feira, dia 23. Um grupo de aproximadamente 80 pessoas se revoltou com a falta de atendimento, como fornecimento de carteira de trabalho, guia para seguro desemprego, homologação, entre outros serviços”.
Foi assim que o Jornal O Cidadão retratou o caos que vivia na época o Posto Regional do Trabalho, ligado na época ao Ministério do Trabalho, que estudava fechar a unidade que atendia as duas cidades. Os moradores teriam que ir até Pinheiros, na capital, Osasco ou Itapecerica para qualquer tipo de atendimento.
Já combalido, com o atendimento cada vez mais deficitário, a população se revoltou na época. “Quando a chefe do posto, Maria Ligia Carraro, retornou por volta das 11h foi impedida de entrar. Depois de muitas explicações e auxiliada por duas mulheres, Aparecida de Jesus Souza e Zilma Gomes da Silva Costa, que também haviam procurado atendimento, ela conseguiu acalmar os ânimos e passaram então a atender o público”, escreveu O Cidadão.
Maria Ligia, que era advogada e acumulava a função de chefe do posto e fiscal “revelou o estado de abandono daquela unidade pública”. O Posto foi instalado, através de convênio com Taboão da Serra e Embu em 1978. O ministério entraria com material e uma funcionária, enquanto Taboão arcaria com o aluguel do prédio e emprestaria um funcionário, assim como Embu também “apenas para o fornecimento de carteiras de trabalho”.
Com a saída dos funcionários, a situação ficou caótica e Maria Ligia “previa até a desativação da unidade se providências urgentes não fossem tomadas”. Um posto de fornecimento de carteiras de trabalho também estava em funcionamento na Administração Regional do Pirajuçara, ele também seria prejudicado se ocorresse o fechamento do Posto.
Algumas semanas depois, o prefeito Armando Andrade enviou novos funcionários, assim como Joaquim Mathias de Moraes, prefeito de Embu das Artes, acabou cedendo e emprestou um novo funcionário para o posto.