Em 1999, Taboão da Serra enfrentou a crise do lixo e coleta foi afetada
Reunião com técnicos do meio ambiente do Estado de São Paulo deu poucos dias para solução do problema
Olá amigos, nesta semana vamos relembrar mais uma matéria do nosso acervo histórico. Nessa coluna, abordamos uma matéria publicada originalmente na edição nº 794 do Jornal O Cidadão, maio em junho de 1999. O destaque daquela semana foi a questão do lixo em Taboão da Serra.
Naquela semana de 1999, Taboão da Serra enfrentou uma das maiores crises na coleta de lixo de sua história. Na época, a cidade depositava seu lixo no Aterro Bandeirantes, no bairro de Perus, em São Paulo. Acontece que uma decisão do Ministério Público impediu que o convênio com a prefeitura da capital fosse mantido.
Taboão da Serra tem o terceiro menor território e, hoje, quase 100% de ocupação, praticamente sem terrenos vazios. A época a situação não era diferente, sem espaço para jogar o seu lixo, a prefeitura se via (e se vê) obrigada a transportar os resíduos para aterros fora do município.
Durante essa crise, a coleta de lixo em Taboão da Serra ficou paralisada por cinco dias, levando o caos para a cidade. “Diante do impasse, Fernando Fernandes tenta autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente para instalar um aterro sanitário na cidade. Ontem, o prefeito taboanense se reuniu pela manha com técnicos ambientalistas para buscar uma solução definitiva da destinação do lixo de Taboão da Serra”, escreveu O Cidadão na época.
O prefeito Fernando Fernandes foi até o Governo do Estado expor a situação delicada do município. “Ao lado do seu vice, Israel Luciano, e dos vereadores Salvador, Said, Caboré, Natal, Romão, Queiroz, Pinheirinho, Luiz Teles, Olívio Nóbrega, Walter Paulo e João do Povo conseguiu a liberação do aterro por mais 15 dias”.
Ao jornal, o prefeito Fernando Fernandes falou: “Expusemos nossa situação crítica ao secretário da Casa Civil do Governo do Estado, Celino Cardoso, e ele intercedeu a nosso favor junto à prefeitura paulistana”. Entretanto, salientou o jornal: “a cidade precisa encontrar seu próprio caminho na questão do lixo”.
Na época chegou a ser cogitado a criação de um aterro municipal em uma das poucas áreas livres, de 76 mil metros quadrados, que atenderia a cidade por pelo menos 30 anos. Por diversos empecilhos ambientalistas, o projeto não foi para frente. Na época Taboão da Serra produzia 150 toneladas de lixo por dia.
A solução encontrada na época, que perdura até hoje, foi a destinação do lixo para outras cidades da Grande São Paulo, levando os resíduos até aterros particulares, o que encarece a conta para os moradores da cidade.