Embu das Artes: 60 anos da cidade mais charmosa e querida da região
Embu das Artes e suas lojas de artesanato no Centro Histórico atraem turistas de todo o mundo
A cidade mais charmosa da região, Embu das Artes, completa nesta segunda-feira, dia 18, seu 60° aniversário. Mas a história desse município que abrigou artistas, poetas, pintores e muitos nomes de destaque da cultura popular do país tem uma história bem mais antiga, que remota o início da colonização do Brasil no século XVII.
› Tudo sobre os 60 anos de Embu das Artes
Embu das Artes encanta não apenas pelas suas ruas charmosas do Centro Histórico ou pelos ótimos restaurantes, ou pela sua mundialmente famosa feira de artes. Embu respira história dentro de seus antiquários, nas construções do século XIX, nos seus museus e igrejas. A presença dos padres jesuítas na cidade até hoje é visível no Museu de Arte Sacra.
Cidade irmã de Taboão da Serra, gêmeas separadas por apenas um dia, Embu foi emancipada no dia 18 de fevereiro de 1959, até então era apenas um distrito de Itapecerica da Serra. Hoje, Embu cresceu, se desenvolveu e abriga mais de 270 mil habitantes. Depois de um plebiscito, inédito no país, em maio de 2011, o município incorporou o “das Artes” ao seu nome e justificou a fama da cidade.
A história de Embu remete ao tempo a meados de 1624, quando o bandeirante Fernão Dias e sua mulher Catarina Camacho, grandes proprietários de terra na região, doaram à igreja uma quadra de terras para construção da Capela de Nossa Senhora do Rosário no local antes conhecido como aldeia de M’Boy, que em tupi significa cobra, daí originou a corruptela Embu. Nome que teria surgido por conta da quantidade de cobras existentes na área.
Nesta época, a plantação de algodão garantia o sustento das famílias. No final do século XIX, a cafeicultura era a principal atividade econômica da época e assim, Embu entrou em um período de retração que durou até meados do século XX, quando a capela e convento foram tombados pelo Estado que procedeu às devidas restaurações. A partir disso, a comunidade local, liderada por Annis Neme Bassith, começou a desenvolver as atividades artísticas, explorando o turismo como fonte de renda do município, criado em 1959.
Hoje, a cidade conserva a veia artística e é reconhecida internacionalmente por sua feirinha, com objetos produzidos por artistas locais, que atrai milhares de turistas ao centro histórico da cidade. Mas os moradores principalmente da periferia da cidade convivem com uma outra realidade.
Os embuenses enfrentam problemas como falta de áreas de lazer, unidades de saúde lotadas e falta de infraestrutura e saneamento básico. A cidade faz divisa com outros municípios como São Paulo, e ainda tem mais de 50% de seu território em área de manancial, o que dificulta aliar desenvolvimento e preservação ambiental.