Embu das Artes comemora 62 anos nesta quinta-feira, dia 18
Centro Histórico na cidade, na região central que atraem inúmeros turistas para o município
O município de Embu das Artes comemora nessa quinta-feira, dia 18 de fevereiro, 62 anos de emancipação política-administrativa. Com uma população estimada em 270 mil e distribuída em uma área de 70,4 km², segundo o último senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O município faz divisa com a Capital, Taboão da Serra, Cotia e Itapecerica da Serra e apesar do crescimento nos últimos anos ainda conserva características de cidades do interior paulista, como parques e áreas verdes, além de um conservado centro histórico.
Cidade irmã de Taboão da Serra, gêmeas separadas por apenas um dia, Embu foi emancipada no dia 18 de fevereiro de 1959, até então era apenas um distrito de Itapecerica da Serra. Hoje, Embu cresceu, se desenvolveu. Depois de um plebiscito, inédito no país, o município incorporou o “das Artes” ao seu nome e justificou a fama da cidade.
Hoje, a cidade conserva a veia artística e é reconhecida internacionalmente por sua Feira de Artes e Artesanato, com objetos produzidos por artistas locais, que atrai milhares de turistas ao centro histórico. Os principais pontos visitados são o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas, no Largo dos Jesuítas, 67, a Capela de São Lázaro, na rua da Matriz e o Centro Cultural Mestre de Assis, no Largo 21 de Abril, 29, região central.
Os embuenses, principalmente da periferia da cidade, enfrentam problemas como falta de áreas de lazer, unidades de saúde lotadas e falta de infraestrutura e saneamento básico.
A História
Em 1624, Fernão Dias e sua mulher Catarina Camacho, grandes proprietários da região, doaram à igreja uma quadra de terras para construção da Capela de Nossa Senhora do Rosário, iniciada em 1628, pelo Padre Belchior de Pontes que transferiu, para suas proximidades, a aldeia de M’Boy, que mais tarde originou a corruptela “Embú”, assim denominado a aldeia que, segundo versão popular, surgiu quantidade de cobras existentes.
A construção do convento, anexo à capela foi iniciada em 1740 pelo Padre Domingos Machado. Na época, foram reunidos no aldeamento vários padres artistas que elaboraram os trabalhos de decoração da mesma. As verbas necessárias às douraduras dos entalhes das paredes de madeiras e grande número de imagens, foram possibilitadas pela venda do algodão que cultivavam em grande escala.
A dificuldade de comunicação não permitiu o rápido desenvolvimento do povoado. Somente no final do século XIX, a Cúria Diocesana de São Paulo contratou o engenheiro Henrique Bocolini para demarcação do patrimônio; o qual, reconhecendo os valores artísticos da capela e do convento, realizou as primeiras obras de apoio à conservação das construções.
Suas terras, no entanto, eram impróprias para a cafeicultura, principal atividade econômica da época. Assim, Embú entrou noutro período de retração que durou até meados do século XX, quando a capela e convento foram tombados pelo Estado que procedeu às devidas restaurações. A partir disso, a comunidade local, começou a desenvolver as atividades artísticas, explorando o turismo como fonte de renda do Município, criado em 1959.