Embu das Artes: Ney Santos obtém Habeas Corpus e permanece no cargo de prefeito
O prefeito Ney Santos, de Embu das Artes, que foi reconduzido ao cargo após decisão da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo
O prefeito de Embu das Artes, Ney Santos, conseguiu na Justiça de Federal em São Paulo a suspensão da decisão que o afastava da prefeitura. Ele foi reconduzido ao cargo até o final do julgamento em que é acusado de lavagem de dinheiro entre 2014 e 2017.
A juíza Silvia Maria da Rocha, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, disse em sua decisão que “O indiciamento do paciente, antes da colheita de seu depoimento, deve se dar de forma excepcional, quando houver flagrante resistência por parte do investigado em atender à intimação da autoridade policial. Não é o que o ocorreu no presente caso”.
Em outro trecho da decisão favorável a Ney Santos, a juíza justifica que “o indiciamento foi determinado de forma genérica e infundada, na medida em que inexiste qualquer ato ou diligência de investigação anexado aos autos que justificasse o formal indiciamento do paciente”.
Em entrevista exclusiva ao Portal O Taboanense, Ney Santos disse que recebeu a decisão com muita tranquilidade e que a suspensão do seu afastamento era esperada pela sua defesa. “A justiça ainda funciona. A decisão da semana passada, da delegada, na minha opinião foi totalmente equivocada e arbitrária”, disse por telefone.
Ney Santos afirmou ainda que “a própria juíza fala que não pode tomar uma decisão dessas sem ouvir o indiciado. Absurdo dos absurdos, aquelas coisas que ela fala, é tudo mentira, não tenho nada com aquilo. Ela [delegada] já me indiciou e condenou, quando você determina o afastamento, já estava me condenando, sem me julgar e sem ao menos me ouvir”.
O prefeito ainda disse que pretende dar continuidade ao trabalho e que a cidade de Embu das Artes terá muitas conquistas nos próximos meses.
Entenda o caso
Ney Santos havia sido afastado do cargo pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região na quarta-feira passada, dia 12. Entre as acusações feitas pela Polícia Federal, estão a que ele é suspeito de lavagem de dinheiro entre 2014 e 2017 e investigado por ocultar bens em nome de laranjas.