Empresário é preso acusado de falsificar álcool em gel em Taboão da Serra
A prisão aconteceu nesta quarta-feira, dia 18, por agentes do Garra Dope e Divisão de Captura
Segundo a polícia, o produto era fabricado sem autorização da Anvisa
Empresário e funcionários de uma fábrica foram presos acusados de fabricarem álcool em gel 70% sem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Parque Industrial Daci, em Taboão da Serra. Cerca de 10 pessoas estavam no local quando agentes do Garra 9 Dope e a Divisão de Captura chegaram ao local.
Segundo a polícia, eles aproveitaram o “pânico por conta do coronavírus” e também queriam lucrar com a grande procura pelo produto. Os acusados vão responder pelo crime 273 do Código Penal brasileiro, pela falsificação de produto medicinal/terapêutico.
Em entrevista ao programa da rádio Bandeirantes, 90 Minutos, que fez a denúncia, um dos envolvidos disse que a empresa fabricava o produto em “galões de 5 litros”, que o mesmo seria entregue “lacrado”, e o comprador seria responsável pela distribuição em frascos menores para revender.
Ainda de acordo com o homem, o produto poderia ser ‘diluído em água”, mas que isso provocaria a perda da “qualidade e eficácia”. Sorrindo ele disse, “se é recomendado, não é não. Se já tem gente fazendo isso? Com certeza”.
Ao programa Brasil Urgente, da Band, o empresário disse que tem autorização para fabricar o produto. “Temos, se não tivesse a gente não estava fazendo. Temos autorização. Inclusive está acabando de vir a documentação […] Demos entrada, nessa correria, nesse boom que está acontecendo, eu sou empresário, eu quero pegar um pedaço desse filão. Corremos na vigilância sanitária, fizemos a notificação e começamos produzir […] Nossa empresa tem registro no Ministério da Saúde, tudo certinho. É online, você entra lá e faz a notificação do produto. A notificação sai em dois dias. Essa denúncia é falsa”, falou.
O delegado do Garra, Mário Palumbo, responsável pela prisão, classificou o crime como hediondo. “Recebemos a denuncia através do seu programa de rádio, chegamos até a fábrica e constatamos uma série de irregularidades, inclusive com datas posteriores de fabricação para dezembro 2020. Quem comete esse tipo de crime que engana a população, em um momento de crise como esse, de crise mundial, mereceria realmente a pena capital”, declarou ao programa Brasil Urgente, da Band.