Explorando a viabilidade da estratégia de paridade de risco – é uma escolha sábia?
No cenário dinâmico da negociação, onde os mercados e os instrumentos financeiros apresentam uma diversidade notável, os traders desenvolveram inúmeras técnicas de diversificação de carteiras para procurar retornos robustos e, ao mesmo tempo, minimizar a exposição ao risco.
A diversificação de carteiras tem sido considerada há muito tempo como uma abordagem prudente de gestão de risco, muitas vezes comparada à sabedoria de não colocar todos os ovos na mesma cesta. Envolve a alocação racional de capital comercial em vários mercados e títulos para difundir o risco de forma eficaz. Neste artigo, aprofundamos uma dessas estimadas estratégias de diversificação – a estratégia de paridade de risco, clarificando os seus princípios e oferecendo exemplos ilustrativos da sua implementação.
O que é a estratégia de paridade de risco?
A estratégia de paridade de risco centra-se na alocação estratégica de risco entre diferentes instrumentos financeiros, com o objetivo de evitar que qualquer título único se torne excessivamente arriscado e ameace toda a carteira. Esta abordagem procura identificar instrumentos de negociação que apresentam baixas correlações entre si, mitigando assim o potencial de riscos exagerados e, ao mesmo tempo, maximizando as perspetivas de obtenção de retornos mais elevados. A aplicação desta estratégia pode abranger diversos mercados, incluindo ações, títulos, commodities, criptomoedas, etc. No entanto, pressupõe que os activos respondem de forma distinta a vários cenários de mercado.
Ao empregar uma estratégia de negociação com paridade de risco , dois fatores críticos exigem atenção:
- Os títulos de baixo risco deverão produzir retornos mais elevados do que os seus homólogos de alto risco.
- A negociação alavancada deve gerar lucros superiores em comparação com a negociação não alavancada.
Princípios Chave da Estratégia de Paridade de Risco
A estratégia de paridade de risco assenta em três factores fundamentais:
- Fatores de Risco: Os fatores de risco abrangem as fontes de risco da carteira, incluindo perdas decorrentes de posições de mercado, flutuações nas taxas de juros e de inflação e outras variáveis relevantes.
- Diversificação: A abordagem da paridade de risco enfatiza a diversificação do investimento em vários mercados e activos provenientes de diferentes regiões geográficas. Esta estratégia de diversificação protege contra os perfis dos choques económicos nacionais ou os efeitos adversos de crises económicas singulares na carteira.
- Classes de ativos: A composição de uma carteira pode incluir uma variedade de ativos, como ações, títulos, commodities, fundos de hedge e imóveis. No entanto, cada activo é seleccionado com base na sua contribuição para o risco global da carteira e não no seu valor nominal ou retornos esperados.
Implementando a Estratégia de Paridade de Risco
A aplicação da estratégia de paridade de risco varia de um trader para outro, dependendo da tolerância individual ao risco e dos níveis de aceitação do risco. A criação de um portfólio completo com ativos diversificados em diferentes mercados e regiões geográficas é fundamental.
Uma abordagem recomendada é o “Portfólio para todos os climas”, endossado por Ray Dalio, o fundador da Bridgewater. Esta estratégia defende a inclusão de activos que demonstrem resiliência em vários cenários económicos, incluindo inflação, deflação, crescimento económico e recessões. A alocação para tal carteira pode ser a seguinte:
- 40% de títulos do Tesouro de longo prazo.
- 30% das ações dos EUA.
- 15% de Obrigações do Tesouro de Prazo Intermediário.
- 7,5% Commodities.
- 7,5% Ouro.
Outra abordagem é a “Carteira Permanente”, popularizada pelo consultor financeiro americano Harry Browne. Esta estratégia defende a inclusão de duas categorias de activos: aqueles com potencial de crescimento a longo prazo e aqueles com atributos mais voláteis e de curto prazo. A estrutura de alocação de ativos para uma carteira permanente normalmente compreende:
- 25% de ações nos EUA.
- 25% de títulos do Tesouro dos EUA de longo prazo.
- 25% de títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo.
- 25% de ouro.
Ambas as estratégias enfatizam a inclusão de Obrigações do Tesouro e ações, consideradas entre as opções de investimento mais seguras. As obrigações são favorecidas pela sua estabilidade, oferecendo um fluxo de rendimento consistente com volatilidade mínima de preços em comparação com ações e mercadorias.
Conclusão
A estratégia de paridade de risco representa uma abordagem avançada à diversificação de carteiras, concentrando-se principalmente na gestão de risco e nos investimentos em classes de ativos que prometem retornos superiores aos riscos. Existem várias abordagens à atribuição de activos e à gestão de carteiras, mas as mais destacadas, incluindo activos estáveis como obrigações do tesouro e ouro, que demonstraram resiliência em diferentes condições de mercado ao longo dos anos. Consequentemente, estas estratégias garantem que a carteira de um trader permaneça poderosa e proporcione lucros consistentes.