Febre amarela causa morte de 21 macacos em Itapecerica da Serra
Vinte e um macacos já morreram por febre amarela em Itapecerica da Serra, de acordo com informações da Vigilância Epidemiológica do município. Até o momento não há registros da doença em humanos na cidade. Após os primeiros registros de morte de macacos, há mais de dois meses, a região entrou em alerta.
Em nota ao Portal O Taboanense, a Prefeitura de Itapecerica da Serra informou que “até o momento [o município teve] 54 casos de macacos mortos, destes, 21 casos foram positivos para febre amarela”. Apesar de não haver registros de casos de febre amarela em humanos, a cidade está em alerta por causa das mortes dos macacos, fato que tem assustado os moradores.
Como prevenção, alguns parques da cidade foram fechados para visitação. O mais recente, foi o da Represinha, fechado na segunda-feira, dia 8, após a morte de mais três primatas. O fechamento é temporário.
Os macacos mortos foram encontrados em diferentes regiões da cidade de Itapecerica – Delfim Verde, São Marcos, Recreio Primavera, Potuvera, Refúgio da Serra, Jd. das Palmeiras, Itaquaciara, KinkaKu-Ji, Mombaça, Jd. Petrópolis, Lagoa, Estrada dos Mosteiros, Estrada Borba Gato, Estrada dos Hengles e na Estrada de Embu-Guaçu.
Prevenção
A Prefeitura está fazendo campanhas para alertar a população do perigo da febre amarela. Os moradores começaram a ser vacinados contra a doença em dezembro. Mais de 60 mil doses já foram aplicadas. “Estamos vacinando a população como forma de prevenção. Estão sendo aplicadas de 3 a 4 mil doses diárias. Não há motivo para pânico pois as medidas estão sendo tomadas”, explica Dr. Milton Parron, coordenador da Vigilância Epidemiológica de Itapecerica da Serra.
Todas as unidades básicas de saúde da cidade estão disponibilizando a vacina. As UBSs e USFs de Itapecerica da Serra funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h.
Crianças a partir dos 9 meses de idade e adultos até 60 anos podem se vacinar. A vacina não é contraindicada para pessoas mais velhas, mas exige uma orientação médica. Salvo indicação do médico, a vacina não é recomendada para gestantes e mulheres que estão amamentando crianças com menos de 6 meses, alérgicos ao ovo, pessoas com imunidade baixa (portadores de HIV, por exemplo), transplantados ou pacientes submetidos à quimioterapia ou radioterapia.
Transmissão
Além da vacinação, convém passar repelente e adotar outras medidas que evitam a picada do mosquito. Atualmente, há registro apenas de transmissão pelos mosquitos Sabethes e Haemagogus, que levam o vírus da febre amarela do macaco para o ser humano. Mas é possível que o Aedes aegypti pique um indivíduo infectado e transmita a doença – seria a chamada urbanização da febre amarela, o que não ocorre desde 1942 no Brasil.
Texto: Rose Santana \ Foto: Zoológico de Bauru