Febre amarela em Taboão da Serra: não há motivo para pânico e correria, diz secretária de Saúde
Foto: Cido Silva / Reprodução
As notícias de aumento no número dos casos de febre amarela e morte de macacos despertou a busca desenfreada pela vacina em Taboão da Serra. A grande procura pela imunização tem gerado filas enormes nos postos de saúde e muitas reclamações dos munícipes. Mas a Secretaria de Saúde do município esclarece, “não precisa de pânico”, não há casos da doença na cidade, e “há vacina para todos”. Somente em 2018, mais de 60 mil pessoas já foram vacinas.
Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, dia 11, a secretária de Saúde adjunta, Alexandra Pitol, e o coordenador de Vigilância Epidemiológica, Milton Parron, esclareceram que, “não há casos confirmados de pessoas ou macacos infectados em Taboão da Serra”.
Ainda de acordo com os especialistas, as vacinas são enviadas pelo Governo do Estado e, aos poucos toda a população será imunizada, “não precisa correia”, as 13 UBS da cidade estão abertas de segunda a sexta, das 8h às 17h, para vacinar a população e não tem prazo para encerrar. Importante levar a carteira de vacinação e um documento de identificação.
“Estamos sendo abastecidos rotineiramente pela Secretaria Estadual de Saúde com vacinas, e todos os munícipes aptos ao recebimento terão garantida a sua imunização”, afirmou a Alexandra Pitol.
Desde 1942 não há registros do mosquito em áreas urbanas, que é o caso de Taboão da Serra. “É desnecessária a atual corrida em busca da vacina com base em que boatos disseminados através das redes sociais. Importante frisar que a febre amarela é doença de risco para áreas rurais, e Taboão da Serra não está na lista dos municípios com risco de transmissão”, esclarecem os médicos.
Prioridade
A prioridade da vacinação é para pessoas que vão se deslocar para as áreas de risco, sítio, floresta, acampar ou fazer trilha no mato. A imunização deve ocorrer 10 dias antes da viagem. Quem não vai se expor a essas áreas pode procurar as unidades de saúde de maneira mais tranquila.
“Recomendamos a vacinação para a área onde a transmissão é considerada possível, se o indivíduo precisa ir para áreas de mata, deve se vacinar pelo menos 10 dias antes de ir. As demais pessoas podem procurar os postos com mais tranquilidade”, disse Alexandra.
Ainda segundo Alexandra, quem já foi vacinado não precisa de uma segunda dose. “A vacina tem dose única, é segura e permanente”, informa.
Quem não pode tomar a vacina
A secretária ainda lembra que nem todos podem tomar a vacina, caso de gestantes, mulheres amamentando, crianças menores de 9 meses, diabéticos, cardíacos, maiores de 60 anos, e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, com HIV, por exemplo) e pessoas com reação alérgica à proteína do ovo ou gelatina. Nesses casos é recomendado que essas pessoas consultem um médico antes de optar por tomar a vacina.
Sintomas
Os principais sintomas são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias. Nas formas mais graves da doença, ocorre icterícia (pele e olhos amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de uma pessoa infectada para outra pessoa.
Serviço
Todas as Unidades Básicas de Saúde do município (UBS) estão vacinando em seu horário normal de funcionamento. Veja qual a (UBS) mais próxima da sua residência, levar carteira de vacinação e documento de identificação.