Fernandes minimiza derrota na escolha da mesa diretora da Câmara Municipal
Rose Santana
Após a surpreendente virada na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Taboão da Serra, na última terça-feira, o prefeito Fernando Fernandes falou com a imprensa sobre o momento político que seu governo irá enfrentar. Pela primeira vez nos últimos seis anos, Fernandes terá minoria no parlamento.
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Sobre a eleição de Marcos Paulo, Fernandes foi sucinto nas palavras. “Eleição é isso, uns ganham outros perdem. Você pode até não concordar, mas tem que respeitar o resultado, é isso aí. Foi uma opção dele, é muito difícil, não vou ficar falando se o vereador fez certo ou errado.”.
A decisão de Marcos Paulo em deixar o grupo que fazia parte e aderir ao chamado Bloco Independente (BI), considerado oposição por Fernandes de certa forma surpreendeu Fernandes. “A vida é feita por decisões e você faz suas opções de vida, com o tempo você vai ver se fez certo ou errado. Eu, que tenho 66 anos, já fiz muitas opções certas e muitas erradas também”.
Com maioria na Câmara Municipal pela primeira vez nos últimos seis anos, Fernandes disse que não acredita que os vereadores votem contra projetos que beneficiem a cidade. “Eu nunca mandei projetos para a Câmara que não fosse de interesse da cidade. Em 2020 temos eleição e a população vai avaliar nas urnas”.
O prefeito insistiu que mesmo com o seu grupo reduzido a apenas seis vereadores [sua chapa elegeu 12 das 13 cadeiras] os projetos que serão enviados terão sua aprovação. “A Câmara sempre votou o que é de interesse da cidade, e isso sempre esteve acima da política. Espero que eles [vereadores] continuem votando o que é de interesse da cidade”.
Fernandes terá seu primeiro desafio na Câmara Municipal já na próxima terça-feira, dia 11, quando o Orçamento Municipal para 2019 será votado. Pessoas ligadas a alguns vereadores disseram que existe a possibilidade do Bloco Independente apresentar uma emenda diminuindo o percentual legal de remanejamento que o prefeito pode fazer sem consultar o Legislativo. Atualmente esse valor é de até 30%.
Espaço político
Sobre a secretaria de segurança, ocupada atualmente por Valter Paulo, pai do vereador Marcos Paulo, Fernandes disse que “ainda não se preocupou com isso” e que espera uma conversa com o presidente eleito. “É claro que se ele se tornar oposição ao governo… as votações vão dizer qual é a posição dele. Não é nem questão de eu manter, se ele for pra oposição, acho que ele [Valter Paulo] pediria para sair”.
Com informações de Karen Santiago, do Click Regional