Fernandes veta projeto Escola Sem Partido e vereadores não irão derrubar decisão
Reunião entre os professores e diretores na Câmara Municipal com os vereadores de Taboão da Serra
O prefeito Fernando Fernandes vetou o projeto Escola Sem Partido aprovado na semana passada por unanimidade na Câmara Municipal de Taboão da Serra. A decisão foi tomada após o jurídico da prefeitura entender que a proposta é inconstitucional, além da insatisfação causada no magistério.
Nesta segunda-feira, dia 3, mais de 50 professores e diretores se reuniram com os vereadores de Taboão da Serra no auditório da Câmara Municipal, onde puderam ouvir dos vereadores que o veto do prefeito não será derrubado e a decisão de Fernandes será mantida.
O Secretário de Educação, professor João Medeiros, confirmou que o projeto será vetado e que a conversa com os vereadores surgiu em uma reunião pedagógica com diversos supervisores na última sexta-feira. “Nós conversamos com o vereador Marcos Paulo que falou sobre o projeto e houve uma construção com outros vereadores durante o fim de semana”.
Para João Medeiros, o veto ao projeto é o melhor no momento. “Quando se chegou a percepção que o projeto é inconstitucional mesmo, ficou definido para que os diretores viessem aqui e ouvissem o vereador. Essa é a democracia. E a atitude tomadas pelos vereadores, de entenderem a posição dos professores, foi muito importante porque ouviram a categoria”.
Já o vereador Marcos Paulo, presidente da Câmara Municipal, disse que a proposta nunca teve intenção de “amordaçar” os professores, mas “preservar nossas crianças de futuras ideologias que possam ser prejudiciais ao desenvolvimento educacional dos nossos alunos”.
O vereador disse que entende a posição dos professores. “Acho positivo essa reunião, foi bom para esclarecer tudo. A categoria veio pedir um diálogo maior sobre a lei, sobre essa questão da inconstitucionalidade e vamos manter isso, manter o veto do prefeito e aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal, vamos aguardar o debate no nível nacional, mas queremos ouvir os professores”.