Fernando Fernandes anuncia uso da cloroquina no tratamento da COVID-19
No entanto, para o paciente fazer uso da cloroquina, a medicação deverá ser prescrita pelo médico responsável pelo tratamento e a família também precisará autorizar o uso da substância
O prefeito Fernando Fernandes anunciou no último sábado, dia 11, que a Secretaria Municipal da Saúde vai incluir a cloroquina como uma das formas de tratamento para o coronavírus nos hospitais municipais de Taboão da Serra.
No entanto, para o paciente fazer uso da cloroquina, a medicação deverá ser prescrita pelo médico responsável pelo tratamento e a família também precisará autorizar o uso da substância.
“Quero informar que juntamente com a Secretaria de Saúde decidimos usar a cloroquina no tratamento dos casos de Covid-19, desde que prescrita pelo médico responsável pelo paciente e autorizado pela família. Ressalto que a cloroquina não deve ser usada sem prescrição médica, porque seus efeitos colaterais são muito adversos”, informou.
Até a manhã deste domingo, dia 12, o boletim de divulgação da Secretaria de Saúde contabiliza 367 notificações, dessas, 99 foram descartadas, o número de casos confirmados em Taboão da Serra chega a 82, é 178 casos suspeitos estão aguardando os resultados dos exames laboratoriais. Taboão da Serra tem oito mortes por coronavírus, cinco homens e três, destes, três tinham menos de 60 anos.
Medidas protetivas
O prefeito Fernando Fernandes, inaugurou nesta segunda-feira, o hospital de campanha para o combate à Covid-19. Montado onde antes funcionava o SER – Serviço Especializado de Reabilitação, no Jd. Guaciara, a estrutura conta com 40 leitos, 4 de emergência, irá receber pacientes de baixa e média complexidade. Se houver agravamento, serão encaminhados para hospital de referência, Unidade de Pronto Atendimento – UPA Akira Tada, até que sejam disponibilizadas vagas de UTIs reguladas pelo Estado.
Fernandes anunciou várias medidas de enfrentamento ao coronavírus em Taboão da Serra. Todo comércio e prestação de serviço, inclusive bares e casas noturnas, deverão permanecer fechados até segunda ordem. Os comerciantes que abrirem seus estabelecimentos poderão ter seus alvarás de funcionamento cassados.
A exceção serão os supermercados, farmácias, restaurantes, feiras livres, padarias, lanchonetes, lojas que vendem produtos para animais, açougues, postos de combustíveis, lojas de conveniência e serviço de entrega.
Fernandes lembrou que mesmo esses comércios que ficarão abertos deverão evitar aglomerações e fornecer proteção para seus funcionários e clientes, oferecendo álcool em gel e realizando limpeza redobrada. A cidade teve declarada situação de calamidade pública.
O Governador João Doria decidiu prorrogar por mais 15 dias a quarentena em todos os 645 municípios de São Paulo, até o dia 22 de abril. A decisão foi tomada após reunião com 15 médicos do Centro de Contingência do coronavírus, que apontaram que o contágio já chegou a cem cidades paulistas e mais de 400 hospitais públicos e privados. Projeções apontam que prolongar o distanciamento social pode evitar mais de 160 mil mortes em todo o Estado.
“A prorrogação da quarentena será feita por mais 15 dias, do dia 8 até o dia 22 de abril, em todo o estado e pelas razões que foram largamente expostas por cientistas, médicos e especialistas. Prefeitas e prefeitos terão o dever e a obrigação de seguir a orientação do Governo do Estado. Isto é constitucional, não é uma deliberação que pode ou não ser seguida”, afirmou o Governador.
“Nenhuma aglomeração de nenhuma espécie em nenhuma cidade de São Paulo será admitida. As Guardas Municipais ou Metropolitanas deverão agir e, se necessário, recorrer à Polícia Militar para que imediatamente possa haver a dissipação de qualquer movimento ou aglomeração de pessoas. Esta é uma deliberação que deverá ser rigorosamente seguida pela população do estado de São Paulo na defesa de suas vidas e de seus familiares”, acrescentou Doria.