Fernando Fernandes: ‘Precisamos trazer mais tecnologia para Taboão da Serra’
Durante entrevista ao programa 'De Olho no Poder', o ex-prefeito de Taboão da Serra confirmou ser pré-candidato em 2024; político também avaliou a atual gestão e revelou propostas
Fernando Fernandes (PSDB) durante entrevista exclusiva à Gazeta de S. Paulo
Matheus Herbert e Bruno Hoffmann, Gazeta de S. Paulo
Durante entrevista ao programa “De Olho no Poder”, veiculado pelo YouTube da Gazeta de S. Paulo, Fernando Fernandes analisou a atual gestão, falou sobre o Metrô em Taboão da Serra e apresentou propostas Ettore Chiereguini | Gazeta de S.Paulo
O ex-prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes (PSDB), confirmou ser pré-candidato à prefeitura da cidade em 2024. Ele, que também é médico, já administrou o município por cinco mandatos e é uma figura política conhecida em todo o Estado.
Durante entrevista ao programa “De Olho no Poder”, veiculado pelo YouTube da Gazeta, Fernandes analisou a atual gestão, falou sobre o Metrô em Taboão da Serra, apresentou propostas e disse que Taboão da Serra precisa se tornar uma cidade mais tecnológica.
Além disso, Fernandes disse que a primeira medida que tomará caso seja eleito será a de recuperar a gestão na área da saúde em Taboão da Serra.
Confira entrevista abaixo com Fernando Fernandes
Veja a entrevista realizada no dia 10 de abril na sede da Gazeta de S. Paulo, em Moema, na zona sul da capital paulista. Fernando Fernandes foi sabatinado pelos jornalistas Matheus Herbert e Bruno Hoffmann e reforçou o desejo de retornar ao Executivo taboanense.
O que motiva o senhor a ser pré-candidato novamente em Taboão da Serra?
Faço política por paixão, me apaixonei pela gestão pública. Você receber aquele sinal de gratidão das pessoas por algo que você fez é algo apaixonante. A política é muito apaixonante, desde que você faça ela com paixão.
Taboão é considerada a cidade mais povoada do país. É uma cidade muita apertada e que continua crescendo anualmente. Como continuar desenvolvendo Taboão da Serra?
Temos que enfrentar cada momento com os seus problemas. No meu primeiro governo, quando assumi como vice-prefeito, a cidade não tinha nenhum pronto atendimento 24 horas, isso lá em 1989. De 1989 a 1992 instalamos os três pronto atendimentos 24 horas que a cidade tem até hoje funcionando. Na época, esse era o problema.
Depois em governos seguintes focamos em obras de infraestrutura. Foram nos meus governos que se construíram todos os piscinões para evitar as enchentes.
Então cada problema na sua época. Hoje, o desafio de Taboão da Serra é diferente.
Eu acho que temos um desafio de fazer um governo inovador, não mais do mesmo. Precisamos trazer mais tecnologia para Taboão. Tornar Taboão uma cidade inteligente, com semáforos inteligentes, por exemplo.
Na área da saúde, que eu domino, podemos trazer a telemedicina. A gente precisa colocar em Taboão um centro de diagnósticos com um laboratório próprio. Temos que sistematizar o atendimento médico na cidade.
O senhor acha que não conseguiu influenciar o governo de São Paulo a levar o Metrô até Taboão da Serra durante a sua gestão?
Essa pergunta é a maior injustiça do mundo. A Linha 4-Amarela começa na Luz e a gente pretende levar até Taboão da Serra. Isso tudo não acontece apenas em um governo. É uma sequência de governos e trabalhos que vão levar o Metrô até Taboão.
Eu e a Analice [Analice Fernandes, deputada estadual] começamos a conversar com o Geraldo Alckmin lá em 2002, quando começa as obras da Linha 4-Amarela. A nossa intenção sempre foi chegar em Taboão da Serra. Sempre lutamos pelo Metrô e fomos conseguindo vitórias, como a estação São Paulo-Morumbi, depois chegamos até o pátio de manobras da Vila-Sônia.
Até então, só seria um pátio, e através da nossa luta conseguimos transformar também em uma estação. Agora, apareceu um monte de pai para o Metrô, mas nossa luta começou muito antes, lá em 2002.
A luta continua e quando chegar no Taboão, vai ter que seguir a luta para chegar em Embu das Artes [cidade vizinha a Taboão da Serra, na Grande SP]. É assim que funciona. Essa é a história real.
Qual a sua opinião em relação a municipalização do trecho da Régis Bittencourt em Taboão da Serra?
Vamos nos reportar a 2017. Em 2017 eu assino o primeiro protocolo oficial com o governo federal para a municipalização da Régis Bittencourt. O que constava naquele protocolo? Eu disse que só assinaria e aceitaria a municipalização com alguns termos, como, por exemplo, se o governo federal fizesse todos os investimentos necessários, como obras nas marginais da rodovia e mais uma alça de acesso e um retorno.
Além disso também exigia obras para a captação de águas em alguns pontos que ocorre alagamentos na rodovia e mais algumas outras exigências. Fazendo isso eu aceitaria a municipalização, mas o governo federal na época virou as costas e não fez absolutamente nada. Aliás, nem se manifestou em fazer.
Então, acho estranho agora o prefeito fazer uma municipalização sem exigir nenhuma obra. Nós vamos parar a Régis. O trânsito vai chegar em Itapecerica da Serra.
Todo mundo enxerga isso. Eu acho uma temeridade a municipalização do jeito que aconteceu.
Caso o senhor seja eleito mais uma vez neste ano qual seria a primeira medida que tomaria a frente da Prefeitura de Taboão da Serra?
A primeira medida é recuperar a saúde. Recuperar a saúde é algo fundamental. Eles [atual gestão] destruíram a saúde de Taboão da Serra. Eu recebo essa queixa da população em todas as reuniões que faço. Minha política é feita com base de contato pessoal com a população através de reunião que eu realizo nos bairros.
Essas reuniões nos possibilitam ouvir. E a primeira coisa que a gente ouve é sempre relacionada a saúde.
A primeira coisa que preciso fazer é dar um choque na saúde de Taboão da Serra.