Filme de terror brasileiro é exibido de graça em plataforma digital Itaú Cultural Play
Um dos gêneros mais produzidos no Brasil nos últimos anos abre espaço no catálogo da plataforma de streaming do Itaú Cultural, com duas novas mostras. Terror à Brasileira, com destaque para ‘Quando eu era vivo’, protagonizado por Antônio Fagundes e a cantora Sandy, e ‘Fábulas Negras’, dirigido por José Mojica Marins, o eterno Zé do Caixão. Por sua vez, terror na tela traz títulos exibidos nas últimas edições do Festival Internacional de Curtas de São Paulo – Curta Kinoforum.
Para fazer valer o peso da icônica data da sexta-feira, 13, a plataforma de streaming do cinema e audiovisual brasileiro Itaú Cultural Play, agrega, nesse dia de maio, duas mostras dedicadas ao gênero de terror. São 12 filmes divididos entre as duas, que trazem sucessos de bilheteria e produções recém-lançadas. Gratuita, a plataforma de streaming de cinema brasileiro é acessível para dispositivos móveis IOS e Android, e pode ser acessada pelo site itauculturalplay.com.br.
Curtas do festival Kinoforum
Com curadoria desse festival, a primeira seleção conta com destaques recentes do gênero, realizados em 2019 e 2020. Ao todo, são sete produções que comprovam a vocação de jovens cineastas brasileiros para esse tipo de produção. Parte das obras desta programação tem uma considerável carga psicológica, que supera grandes efeitos, características gore e assemelhados. Há um predomínio, também, de abordagens políticas, sempre embaladas na cinematografia do gênero.
Entre os destaques está As Viajantes (2019), do cineasta Davi Mello. O filme mostra duas mulheres compartilhando seus medos e angústias em uma noite de sexta-feira 13. Ele conquistou o prêmio de melhor curta-metragem brasileiro no Fantaspoa – Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre em 2019.
Em AzulScuro (2021), de Evandro Caixeta e João Gilberto Versiani, a curiosidade fica por conta do uso do celular como plataforma para contar a história, permitindo acesso ao íntimo de sua protagonista, suas pesquisas, o uso de aplicativos e, até mesmo, suas conversas. O filme acompanha Sofia, em busca por respostas sobre a misteriosa morte de sua irmã, enquanto uma entidade sombria se aproxima.
Outro destaque dessa mostra, Deserto Estrangeiro, de Davi Pretto, foi filmado na Alemanha e ganhou os troféus de melhor roteiro, ator, atriz e fotografia no Festival de Gramado no ano de seu lançamento. Por meio de uma abordagem de terror psicológico, o filme tem forte conteúdo político. O roteiro conta a história de um jovem brasileiro que começou a trabalhar em uma imensa floresta em Berlim e é arrastado para um pesadelo envolvendo o passado colonial alemão, quando tenta encontrar uma garota perdida na mata.
Também integram essa seleção os filmes Caranguejo Rei (2019), de Matheus Farias e Enock Carvalho, Antônia (2020), de Flávio Carnielli, Nervo (2019), de Sabrina Maróstica e Pedro Jorge, e Shunkan (2020), direção de Ricardo Albuquerque.
Conhecidos
Na mostra Terror à Brasileira, cinco filmes que conquistaram o público nas salas de cinema também ficam disponíveis na plataforma. Para criar o longa-metragem Quando eu era vivo, em 2014, o diretor Marco Dutra se inspirou no livro A arte de produzir efeito sem causa, de Lourenço Mutarelli. Com elenco encabeçado por Antonio Fagundes e Sandy, o filme mostra a história de Junior, um rapaz que se muda para a casa de seu pai ao perder o emprego e se divorciar. De volta ao ambiente em que cresceu, ele reencontra objetos que pertenceram à sua mãe e desenvolve uma estranha obsessão pelo passado de sua família.
Outro destaque é Fábulas Negras, produção de 2015 do mestre do terror José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Ele divide a direção com Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf e Joel Caetano, novos realizadores brasileiros que tem se dedicado ao gênero. Com uma história cheia de sustos, mas com uma pitada de humor, o filme mostra um grupo de meninos brincando de super-heróis, até que começam a contar histórias de terror. A partir desses contos, eles embarcam em uma macabra aventura envolvendo lendas urbanas e personagens do folclore brasileiro, como lobisomem, bruxa, fantasma, monstro e Saci Pererê.
Em Os jovens Baumann, de 2019, da cineasta Bruna Carvalho Almeida, os primos e herdeiros da família que dá nome ao filme desaparecem misteriosamente durante as férias na fazenda dos patriarcas em Santa Rita do Oeste, em Minas Gerais. Os únicos resquícios são fitas VHS encontradas com seus últimos registros caseiros. No final, cabe ao espectador tirar as suas próprias conclusões sobre o desaparecimento dos jovens, se foi algo sobrenatural ou criminoso.
Completam a seleção os filmes Mangue negro (2008), de Rodrigo Aragão, e A noite amarela, do diretor Ramon Porto Mota.
Serviço:
Itaú Cultural Play – novos lançamentos
13 de maio de 2022 (sexta-feira)
Em www.itauculturalplay.com.br
Mostra Terror na Tela
As viajantes (2019)
De Davi Mello
Duração 11 minutos
Classificação indicativa: 12 anos (Drogas lícitas e presença de sangue)
Antônia (2020)
De Flávio Carnielli
Duração 9 minutos
Classificação indicativa: 10 anos (Medo e tensão)
AzulScuro (2021)
De Evandro Caixeta e João Gilberto Lara
Duração 15 minutos
Classificação indicativa: 10 anos (Arma com violência, medo e tensão)
Caranguejo Rei (2019)
De Enock Carvalho, Matheus Farias
Duração 23 minutos
Classificação indicativa: 14 anos (Linguagem chula, medo, tensão, nudez)
Deserto estrangeiro (2020)
De Davi Pretto
Duração 23 minutos
Classificação indicativa: 12 anos (Arma com violência e exposição de cadáver)
Nervo (2019)
De Pedro Jorge e Sabrina Maróstica
Duração 12 minutos
Classificação indicativa: 14 anos (Linguagem chula, medo, tensão e morte intencional)
Shunkan (2020)
De Ricardo Albuquerque
Duração 9 minutos
Classificação indicativa: 12 anos (Medo, tensão, exposição de cadáver e violência)
Mostra terror na tela
Quando eu era vivo (2014)
De Marco Dutra
Duração 108 minutos
Classificação indicativa: 12 anos (violência e conteúdo sexual)
Mangue negro (2008)
De Rodrigo Aragão
Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: 12 anos (Drogas lícitas, violência e linguagem imprópria)
Fábulas negras (2015)
De Rodrigo Aragão, José Mojica Marins, Petter Baiestorf, Joel Caetano
Duração: 93 minutos
Classificação indicativa: 14 anos (Nudez, sexo e violência)
Os jovens Baumann (2019)
De Bruna Carvalho Almeida
Duração: 71 minutos
Classificação indicativa: 12 anos (Drogas e linguagem imprópria)
A noite amarela (2019)
De Ramon Porto Mota
Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: 12 anos (Drogas lícitas, linguagem imprópria e violência)