Fiocruz diz que lotes vencidos não foram produzidos pela instituição
Segundo fundação, vacinas que teriam sido aplicadas após vencimento são de remessa do Instituto Serum, da Índia
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) afirmou que lotes de vacinas da AstraZeneca que teriam sido aplicadas fora da validade não foram produzidos pela instituição. Dados do Ministério da Saúde mostram que cerca 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca foram aplicadas na população em diversas cidades do país. O que compromete a proteção contra a covid-19.
“Parte dos lotes (com numeração inicial 4120Z) é referente aos quantitativos importados prontos do Instituto Serum, da Índia, chamada de Covishield, e entregues pela Fiocruz ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) em janeiro e fevereiro deste ano. Os demais lotes apontados foram fornecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS)”, esclarece em nota a fundação.
A Fiocruz ainda informa que, “todas as doses das vacinas importadas da Índia (Covishield) foram entregues pela Fiocruz em janeiro e fevereiro dentro do prazo de validade e em concordância com o MS, de modo a viabilizar a antecipação da implementação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, diante da situação de pandemia. A Fiocruz está apoiando o PNI na busca de informações junto ao fabricante, na Índia, para subsidiar as orientações a serem dadas pelo Programa àqueles que tiverem tomado a vacina vencida”.
Os imunizantes aplicados fora da validade fazem parte de oito lotes da AstraZeneca importados ou adquiridos por consórcio. São eles:
4120Z001 expirou em 29/03
4120Z004 expirou em 13/04
4120Z005 expirou em 14/04
CTMAV505 expirou em 30/04
CTMAV506 expirou em 31/05
CTMAV520 expirou em 31/05
4120Z025 expirou em 04/06