Grupo teatral da Terceira Idade se apresenta no Cemur

ACERVO HISTÓRICO – O grupo teatral da 3a idade estará apresentando a peça “Ninguém pode sabê-lo”, no Cemur, no próximo dia 29 de maio, às 20h, com entrada franca e censura livre. A comédia de Enrique Bunster e direção de Maria Roman Maturana mostra a história de um jornalista que vai a uma clínica psiquiátrica em busca de depoimentos interessantes e lá encontra muitas surpresas e confusão.

Esta é a primeira peça encenada pelo grupo da 3a idade que começou a ter aulas de teatro em agosto de 2002, com a professora voluntária Maria Roman Maturana, no Centro de Convivência do Jardim Maria Rosa. Segundo a professora Maria Roman, o teatro tem grande importância para os idosos, pois estimula o convívio social, a desinibição, a memorização e a atividade física.

A aposentada Erdelina Edília Tomasi, 68 anos, subirá aos palcos pela primeira vez. “Estou muito emocionada em participar de uma peça teatral, pois sempre tive vontade de atuar, mas nunca tive chance”, contou.

O elenco é formado por Elvira Tavares, de 66 anos, Maria Slaviero, 53, Durcélia Romero, 60, Naomi Sano,62, Neuracy de Oliveira, 65, Erdelina Tomasi,68, Avanir de Brito, 52, Áurea Carvalho, 69 e a participação especial de Luciene Aparecida. As aulas de teatro são realizadas no Centro de Convivência do Jardim Maria Rosa.

Além de aulas de teatro, a Secretaria do Bem-Estar Social oferece cursos diversos para o grupo da melhor idade com aulas de ginástica, tai-chi chuan, artesanato, crochê, tricô, dança de salão e coral. Acreditando no sonho Quem vê a disposição e o amor pelo teatro da professora Maria Roman Maturana, de 81 anos, não imagina que ela começou a carreira artística quando já fazia parte da 3a idade.

Chilena, sempre sonhou em ser atriz, mas por preconceito, no início da mãe e depois do marido, só pode realizar seu sonho em 1985, após a separação. Aos 64 anos cursou teatro na Universidade Católica do Chile e atuou em cerca de 12 peças, conquistando o carinho do público chileno. Adotou o Brasil e hoje trabalha como professora de teatro voluntária na Secretaria do Bem-Estar Social.