Hugo Prado: ‘Estou pleiteando com Tarcísio a vinda do Metrô e de um hospital’
Durante entrevista ao programa 'De Olho no Poder', Hugo Prado confirmou ser pré-candidato à prefeitura de Embu das Artes
Durante entrevista ao programa “De Olho no Poder”, Hugo Prado analisou a atual gestão e apresentou propostas
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Matheus Herbert, Gazeta de S. Paulo
O vice-prefeito de Embu das Artes, Hugo Prado (Republicanos), confirmou ser a aposta do atual prefeito, Ney Santos (Republicanos), para disputar o cargo nas eleições deste ano. Hugo já foi vereador na cidade, presidente da Câmara Municipal e também disputou em 2018 uma vaga para deputado estadual – obteve mais de 46 mil votos – mas não foi eleito.
Durante entrevista ao programa “De Olho no Poder”, veiculado pelo YouTube da Gazeta de S. Paulo, Hugo Prado analisou a atual gestão, apresentou propostas, avaliou sua proximidade com Ney Santos e pontuou que suas prioridades, caso seja eleito, será levar o metrô e um hospital geral para Embu das Artes.
Confira abaixo entrevista realizada na última quarta-feira, dia 17, na sede da Gazeta, em Moema, na zona sul da capital paulista. Hugo foi sabatinado pelos jornalistas Matheus Herbert e Bruno Hoffmann, e reforçou ser a continuação da atual gestão
O senhor já foi vereador, presidente da Câmara Municipal de Embu das Artes e também disputou o cargo de deputado estadual em 2018. Você se sente preparado para ser prefeito da cidade?
Existe uma trajetória para eu estar aqui. Eu comecei a trabalhar com 11 anos. Eu vejo a política como uma vocação. Disputei duas eleições para vereador e só venci na terceira ao lado do prefeito Ney Santos. Assumimos uma cidade falida, uma cidade que boa parte da população não tinha essa representatividade de Embu das Artes, não tinha esse orgulho de ser embuense. Embu era uma cidade dormitório. Acredito, que todo o meu histórico de trabalho, nos dá uma credibilidade e uma condição, para de fato, dar continuidade no trabalho do Ney e ser prefeito de Embu das Artes.
O seu grupo político tem nomes fortes na região. Em Taboão da Serra, o engenheiro Daniel e em Itapecerica da Serra o pré-candidato, Jones Donizette. Como o senhor vê essa influência do Ney Santos de aglutinar forças políticas não só em Embu das Artes, mas em toda a região sudoeste da Grande São Paulo?
O prefeito Ney Santos hoje é uma referência regional. Ele de fato extrapolou os limites de Embu das Artes. E tanto o prefeito de Itapecerica da Serra como o de Taboão da Serra, Nakano e Aprígio, infelizmente fizeram gestões desastrosas em suas cidades. Infelizmente são governos que não conseguiram deixar uma marca, um legado. Hoje, em todas as pesquisas, os dois aparecem em terceiro colocado. Eu tenho certeza que o grupo do prefeito Ney Santos, tanto o Jones Donizette como o engenheiro Daniel serão os prefeitos de Itapecerica e Taboão da Serra.
Nos últimos anos nós temos percebido um investimento maior por parte da atual gestão em grandes eventos na cidade, como o Natal Iluminado, Embu Coutry Fest e até trio elétrico no aniversário de Embu das Artes. Mas, nós recebemos reclamações de artesãos se queixando da falta de investimento da prefeitura no Centro Histórico. O seu plano de governo terá uma atenção maior para os artistas?
Muitos que criticam o governo é por conta de um lado político, não podemos generalizar a categoria de artistas, inclusive, muitos respeitam o nosso trabalho. Quando nós assumimos a cidade, nosso Centro Histórico estava completamente abandonado, você tinha feira de artes no período da manhã, mas no período da tarde era tráfico de drogas, prostituição e tudo que não prestava dentro da praça.
Enfrentamos um desafio grande e fizemos uma revitalização na praça, algo que nunca tinha sido feito lá na Praça de Artes de Embu das Artes. Nós mudamos a característica da praça. Hoje, é um dos lugares mais aconchegantes do mundo.
O nosso plano de governo prevê a criação de uma Escola Municipal de Artes. A ideia é formar novos artistas e promover também uma troca de conhecimentos dos mais velhos com os novatos. Queremos que a nossa tradição cultural passe para outras gerações.
Quando falamos de uma cidade de cunho cultural e artístico é fundamental trazermos grandes eventos. Um grande evento, além de proporcionar entretenimento para o meu povo, ele gera emprego, renda e faz a economia girar. E pensamos também em criar um centro de convenções, com um teatro municipal, para abrigar grande apresentações.
A questão da municipalização da Régis Bittencourt em Taboão da Serra. Como o senhor avalia esse projeto realizado de forma isolada na cidade? Qual a sua avaliação desta decisão do prefeito de Taboão da Serra?
Uma ação tão grande como essa da Régis Bittencourt em Taboão da Serra é fundamental ter um diálogo com todos os municípios que compõem a região. Quando nós falamos que somos contrários a municipalização, na verdade, nós somos contrários ao prejuízo da mobilidade urbana da minha população de Embu das Artes e até da própria população de Taboão da Serra.
Quando o prefeito Aprígio oficializou a proposta de municipalização nem ele tinha um projeto definido. Teremos uma nova Francisco Morato e a gente sabe como o nosso povo sofre ao percorrer essa avenida. Vamos represar o trânsito. Infelizmente uma decisão descabida.
Fora a manutenção financeira desse trecho que agora será de responsabilidade da Prefeitura de Taboão da Serra.
Embu das Artes segue em crescimento e hoje conta com mais de 250 mil habitantes. Como continuar investindo nos bairros mais afastados e garantindo os serviços básicos, como pavimentação, saúde e transporte?
Temos realizado um trabalho de tornar Embu do embuense. Historicamente, tínhamos um olhar apenas para o turista. Eu quero que o turista fale bem de Embu das Artes, mas eu quero que o meu povo tenha orgulho de morar em Embu. Então temos levado os serviços aos bairros mais distantes da região central.
Estamos construindo agora, por exemplo, uma UBS no Ressaca e também entregamos uma UBS no Santo Eduardo, que o governo anterior tinha fechado.
Qual a sua avaliação do governo Ney Santos e qual seria o papel dele no seu governo?
Nós conseguimos avançar muito. É um prefeito que quebrou paradigmas. Ele foi um prefeito que aproximou a população dos serviços públicos. O governo Ney Santos avançou e avançou muito. Hoje, estamos brigando para a expansão do Metrô chegar em Embu das Artes.
Atualmente, qual é o principal desafio de Embu das Artes?
Hoje o principal desafio é a saúde. É um desafio nacional. Mas, quando eu falo de saúde, a nossa cidade, por exemplo, é a única da região que não tem um hospital geral. Temos discutido muito com o governador Tarcísio para Embu das Artes ter um hospital geral.
A nossa cidade precisa de um equipamento deste porte do governo do Estado para dar atendimento a nossa população.
Caso você seja eleito prefeito de Embu das Artes, qual o legado que o senhor quer deixar?
A minha gestão como presidente da Câmara foi focada nas finanças e controle fiscal. Agora, caso seja prefeito, quero deixar como legado o orgulho da população de Embu das Artes ser embuense.
Fazer com que a população entenda e valorize o quanto a nossa cidade cresceu. O maior legado é ver a cidade crescendo, desenvolvendo e gerando emprego para a nossa população.
A grande marca do nosso governo é a geração e emprego.