Hugo Prado fala sobre o envolvimento do ex-secretário de Comunicação no atentado contra jornalista
O presidente da Câmara Municipal de Embu das Artes, Hugo Prado
A Câmara Municipal de Embu das Artes realizou sessão solene em comemoração aos 59 anos da cidade na manhã do último domingo, dia 18. Na ocasião foi entre a Medalha 18 de Fevereiro. A honraria foi concedida pela primeira vez às pessoas que nas suas áreas de atuação prestaram relevantes serviços à comunidade. Cada vereador poderia indicar um nome para ser homenageado, porém apenas 11 indicaram. O evento contou com a presença do prefeito Ney Santos.
Após a sessão, o presidente da Câmara, vereador Hugo Prado, concedeu entrevista coletiva, onde foi questionado sobre o indiciamento do então secretário adjunto de Comunicação de Embu das Artes, Renato Oliveira, pelo atentado ao repórter e chargista Binho, do site Verbo Online, em dezembro do ano passado.
Prado falou que a Câmara “aprovou uma moção de repúdio ainda sem saber quem eram os autores [do crime]”. E que todos os fatos sejam apurados. “Que as medidas legais cabíveis sejam tomadas”.
O presidente disse estar surpreso com a notícia, mas que não tem conhecimento do caso para fazer pré-julgamento ou entender quais foram as motivações. E declarou que “condenamos todo e qualquer tipo de violência a qualquer tipo de seguimento da nossa sociedade”.
“Não sei precisar quais foram as reais motivações do acontecido, claro que a gente repudia todo e qualquer ato de violência, ainda mais vindo de uma pessoa que a gente tem uma relação. Então, a gente fica surpreso, mas precisamos entender quais foram às motivações. É muito complicado fazer qualquer tipo de pré-julgamento, eu não tenho conhecimento do acontecido, não tenho pleno conhecimento de tudo que norteou”, comentou Prado.
Prado foi questionado, se politicamente ele ainda manteria seu apoio ao prefeito Ney Santos, caso seja comprado que uma pessoa diretamente ligada ao executivo esteja envolvida no crime.
“A gente não pode classificar o que as pessoas isoladamente fazem com relação de governo. Então, uma coisa é a ação tomada pelo acusado outra coisa é ação de governo. Tenho certeza que o prefeito Ney Santos jamais concordaria com qualquer situação nesse sentido. Não podemos vincular a questão, precisamos entender as motivações para ver qual é o cunho de toda essa ação com a questão de governo. São duas situações totalmente distintas […] Não podemos deixar que interesses e nem ações pessoais isoladas interfiram na condução da cidade. Aí é o momento que teremos que ter sabedoria e discernimento para as tomadas de decisões”.
Hugo Prado encerrou a entrevista dizendo que assim como é “contra qualquer tipo de agressão, também é contra acusar as pessoas de forma leviana” e que os responsáveis devem pagar por seus atos.