Jorge Costa diz que irá conceder reajuste salarial para servidores municipais
O prefeito de Itapecerica da Serra, Jorge Costa, concedeu reajuste salarial aos servidores municipais de 6,25%. São 4,57% referente ao período de maio de 2016 a abril de 2017, e mais 1,68% do período de maio de 2017 a fevereiro de 2018. A lei entrou em vigor nesta quinta-feira, dia 1º de março, de acordo com informação publicada no portal da Prefeitura.
Os funcionários vão receber valor retroativo, referente aos meses de maio de 2016 a abril de 2017, pagos aos servidores ativos, inativos e pensionistas sob a forma de abono em cinco parcelas, com a primeira correspondente a 20%, paga já em fevereiro, do valor apurado até janeiro de 2018, e o saldo em parcelas iguais de abril a julho de 2018.
A prefeitura não informou o valor do impacto na folha de pagamento do município, mas de acordo com Jorge Costa, estudos permitiram a concessão do reajuste em atenção ao período inflacionário. “Os índices guardam correlação com o limite prudencial, que requer atenção redobrada […] com o limite máximo permitido por lei”, disse.
Críticas
Na última quarta-feira, dia 21, uma reunião para acertar o dissídio do funcionalismo municipal. Em reunião com parte dos servidores, no Ginásio Municipal, Jorge Costa propôs dividir o dissídio de 2017 (4,57%) em cinco parcelas, que começam em fevereiro. Um projeto que tramita na Câmara Municipal prevê o reajuste do dissídio de 2018 em 6,25%.
Na manhã desta quinta-feira, dia 22, durante uma manifestação do sindicato em frente a prefeitura, Jorge Costa foi hostilizado por servidores e atacou o sindicalista Adalberto, da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais do Estado de São Paulo (Fesspmesp). O prefeito subiu no caminhão de som e pediu pra usar a palavra. Visivelmente nervoso, conversou pouco com os manifestantes e foi vaiado várias vezes.
“O que eu disse ontem, é o que dá pra pagar. Eu sei que vocês queriam outras coisas. Eu estava chegando aqui agora e ouvindo um monte de besteira em cima desse caminhão. Eu não posso ouvir que ‘você está contratando isso, está contratando aquilo’, você [Adalberto] não sabe de porra nenhuma, meu irmão”.
Jorge Costa continuou: “Sabe o que eu não entendo? É que se eu tô pagando, porque tá tendo essa fulerada aqui hoje?”, questionou. A reclamação dos servidores gira em torno da forma de pagamento, que foi dividido e não paga à vista. “Infelizmente nós não temos os recursos. Quero que entendam isso. Não estou me negando a pagar, só estou pedindo para parcelar em algumas vezes, o que está de errado nisso?”.
Costa criticou dizendo que na manifestação não tinha nem “100 pessoas” no local. “Não adianta ficar meia dúzia de baderneiro… Pessoal, é desse jeito que eu posso pagar. Um bom dia e voltem para seus trabalhos, se vocês quiserem”.