Marcelinho Carioca comanda primeiro treino rotativo no Cats
Na manhã desta quarta-feira, dia 6, o Clube Atlético Taboão da Serra (Cats) apresentou mais uma novidade para a disputa do Campeonato Paulista da série B, o primeiro treinador rotativo, o ex-jogador Marcelinho Carioca. A equipe taboanense terá a cada mês um ídolo diferente que responsável por trabalhar com determinado setor do elenco. O próximo nome aguardado pela diretoria para o projeto é o ex-zagueiro Mauro Galvão que ficaria responsável em trabalhar a defesa.
O treino rotativo durou cerca de 30 minutos, onde foi trabalhado jogadas ensaiadas, de cruzamento e chutes de fora da área. Nos 10 minutos finais o treinador Axel pediu para que Edílson Capetinha e Marcelinho Carioca fizessem jogadas individuais, despertasse o improviso dos atletas taboanenses simulando situações de jogo. Após o término das atividades, o pé de anjo pegou alguns jogadores do elenco e ensinou como bater faltas. O jogador que teve maior aproveitamento nas cobranças de faltas foi o atacante Caio.
Segundo o treinador rotativo Marcelinho Carioca, o intuito do projeto é criar atletas vencedores e ensinar o principio básicos de um jogador profissional através de palestra. “O jogador hoje em dia está chegando ao profissional sem os fundamentos específicos necessários, e esse projeto do treinador rotativo serve para trabalhar a individualidade e criatividade dos atletas, além de aprimorar a qualidade técnica que atualmente no futebol brasileiro foi esquecida, mostrar que o simples se tornar bonito, mas que o ousado irá sempre fazer a diferença”, disse.
O treinador do Cats, Axel, ex-volante de Santos e São Paulo, receberá periodicamente o auxílio de técnicos temporários que passarão alguns dias no clube para ensinar fundamentos específicos ao elenco. A equipe taboanense espera manter o trabalho ao longo da temporada. O ex-atacante Careca é aguardado para ajudar o ataque. O ex-volante Vampeta está sendo cogitado para trabalhar o meio-campo e o ex-zagueiro Mauro Galvão seria o escolhido para ficar responsável com a defesa.
De acordo com o atacante do Cats, Edílson Capetinha, a ideia do treinador rotativo serve para que os atletas mais jovens possam aprender fundamentos específicos de sua posição com grandes ídolos. “Os jogadores hoje em dia estão muito burocráticos, não tem mais a individualidade, o improviso, e o reflexo disso está na nossa seleção que não tem mais grandes craques que podem definir uma partida em um lance individual. O nosso futebol deixou de ser referência há muito tempo e precisamos recuperar isso”, comentou.
A intenção do presidente do Cats, Anderson Nóbrega, é que, a cada 15 ou 30 dias – a periodicidade ainda não foi definida, um ex-atleta vá ao clube para fazer uma "clínica da bola" com o elenco. Mesmo com o projeto no começo, a expectativa do dirigente é que a inovação pode ser um meio de revitalizar o futebol brasileiro, que outros clubes possam adotar essa iniciativa e recuperem a essência do esporte.
“O intuito do projeto é passar uma ideia para o futebol brasileiro de que tem que acabar com esse personalismo do treinador, que não pode ter outras pessoas ajudando. Recuperar o talento individual, a criatividade e o improviso dos atletas que está acabando ano a ano e ninguém enxerga o erro, e na nossa visão o erro está aí. Não tem mais referência. Que os meninos possam chegar ao profissional já sabendo bater uma falta, se posicionar melhor e o resultado será mostrado dentro de campo ao longo da temporada”, explicou Nóbrega.