Menino morre atingido por bala perdida no réveillon na região do Campo Limpo; polícia investiga o caso
Foto: Reprodução Facebook/Arquivo familiar
A polícia investiga de onde veio o tiro que matou um menino de cinco anos na madrugada de segunda-feira, dia 1, no Jd. Taboão, região do Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. A tragédia aconteceu durante a queima de fogos nas comemorações da virada do ano. O garoto estava no quintal brincando quando foi atingido por uma bala perdida. Após ter atendimento negado em 10 hospitais públicos e particulares da região, Arthur Aparecido Bencid da Silva não resistiu.
A família informou que, por volta da meia-noite, o pequeno Arthur, estava brincando quando de repente caiu. O Samu foi acionado, e de acordo com familiares, a ambulância não era equipada com UTI, a equipe ficou de retornar com outra unidade, mas não voltou.
Os parentes então decidiram socorrer e levaram a criança até o Hospital Family, em Taboão da Serra, onde após exames foi constatado que o ferimento teria sido provocado por um tiro. Mas como o hospital não é equipado com UTI, Arthur teria que ser transferido.
Ainda de acordo com familiares, eles procuraram vaga em UTI de 10 hospitais públicos e particulares durante toda a madrugada, e não encontraram. Somente, às 7h da manhã, o garoto foi internado no Hospital Geral de Pirajussara (HGP), em Taboão da Serra. Arthur, que estava em estado gravíssimo, morreu às 18h da segunda, dia 1. O caso foi registrado no 89° Distrito Policial, Portal do Morumbi.
Em entrevista ao G1, os familiares disseram que no primeiro contato com o HGP, o hospital “recusou” a internação. Só posteriormente, quando familiares foram pessoalmente informar a gravidade do caso, a unidade teria aceitado a transferência.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado, informou que o “Hospital Geral de Pirajussara esclarece que prestou todo atendimento ao paciente A.A.B.S. tão logo deu entrada na unidade, em estado gravíssimo, às 6h20 do dia 1º de janeiro, após ser levado pelo Samu de Taboão da Serra mediante pedido de transferência do Hospital Family, serviço privado”. No hospital Arthur foi avaliado por uma “equipe de Neurocirurgia e por procedimento cirúrgico. Depois disso, foi internado na UTI pediátrica e faleceu devido à gravidade clínica”.
Ainda segundo a nota, “o Hospital Geral de Pirajussara não nega atendimento a nenhum caso de urgência que procura o serviço. Seu pronto-socorro é referenciado e, majoritariamente, todos os casos urgentes que ingressam no serviço são levados pelo Samu ou Resgate, em caso de socorro ou de encaminhamento a partir de outro serviço de saúde. Nesses casos, cabe ao serviço de origem providenciar transporte adequado para transferir pacientes”.