Municipalização da Régis Bittencourt volta a ganhar força em Taboão da Serra
Número representa cerca de 35% a mais de tráfego na rodovia, uma média de 179 mil veículos por dia
Tratado como prioridade no início do governo Fernando Fernandes, em 2013, a municipalização do trecho da rodovia Régis Bittencourt que corta Taboão da Serra voltou a ganhar força nesta semana.
O secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Gerson Pereira, em entrevista a TV Atual, afirmou que o prefeito Fernando Fernandes já encaminhou a liberação das outorgas junto a Cetesb para o início das obras que deverão ser feitas pela concessionária Arteris Régis Bittencourt. A estimativa de investimento passa dos R$ 200 milhões.
“O prefeito está trabalhando para receber as outorgas da Cetesb para enviar [para a ANTT] para o início de obras. Ele está com muita vontade de resolver isso”, disse Gerson na entrevista concedida ao jornalista Márcio Cansian.
Entre as obras previstas estão 12 macro-drenagens com a construção de grandes galerias pluviais que passarão por baixo da rodovia Régis Bittencourt para acabar com os pontos de alagamento em dias de chuva. Outra obra é a construção de um novo retorno, na região do Jd. São Judas, e o alargamento do viaduto do Pq. Pinheiros.
Outra obra que faz parte do pacote é a abertura de marginais ao lado da rodovia para aliviar o trânsito local. A previsão é que ocorram desapropriações, o que pode atrasar o início dos trabalhos.
“Taboão da Serra precisa se conectar. Temos a cidade cortada pela BR, é um trecho de 6,5 quilômetros que é deficitário para a concessionária. Vamos tirar essa natureza de uma rodovia, vai passar a ser uma grande avenida, será o desafio das próximas administrações”, prevê Gerson Brito.
Os vereadores de Taboão da Serra também debateram a municipalização na sessão da última terça-feira, dia 7. Cido defende a criação das marginais ao longo da rodovia. “Taboão da Serra era uma cidade dormitório, hoje verticalizou, o comércio e o serviço estão em nossa cidade e a quantidade de veículo, trava nossa cidade. Ninguém anda na cidade”.
De acordo com Cido, a discussão sobre a municipalização está muito avançada e é preciso começar a discutir as obras que devem ser feitas, como o viaduto do São Judas pela questão da mobilidade. “Não é só um problema nosso, é um problema regional. Quando trava Taboão da Serra, trava o trânsito de Embu, de Itapecerica, de Juquitiba. Trava a região toda”.
Eduardo Nóbrega é mais prudente em relação a municipalização. “É importante, temos que interligar os dois lados de Taboão da Serra, mas é preciso que a concessionária entregue todas as obras previstas, não podemos admitir que essas melhorias, previstas em contrato, não aconteçam”.
Histórico
Em novembro de 2016 o prefeito Fernando Fernandes assinou a minuta do contrato com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para a municipalização da rodovia. Em abril de 2017, durante audiência pública na Câmara Municipal, Gerson Brito já havia adiantado que “existem algumas condições que já foram colocadas para a Arteris, obras que devem ser feitas para que o processo seja efetivado”, disse.
Atualmente pela rodovia circulam, no trecho de Taboão da Serra, cerca de 13 mil carros por dia.