Museu da Pessoa lança nova plataforma digital para o público
Museu da Pessoa é um dos primeiros museus digitais do mundo dedicado às histórias de vida
- Acompanhe as redes sociais do Portal O Taboanense e fique sempre ligado em tudo o que acontece de importante em Taboão da Serra e região. Siga-nos no Facebook, Instagram, Twitter e no Youtube
O Museu da Pessoa é um dos primeiros museus digitais do mundo dedicado às histórias de vida. Com a missão de trazer ao acervo histórias de pessoas comuns, o Museu acaba de lançar uma nova plataforma para o público compartilhar suas histórias e manter a sua memória viva. O acesso é pelo site www.museudapessoa.org.
“Essa é uma experiência pioneira em gravações de histórias. Queremos dar ainda mais autonomia e protagonismo às pessoas para que se tornem parte do acervo”, afirma Karen Worcman, diretora e fundadora do Museu. “A ideia é que cada pessoa seja o museu, e a plataforma traz uma inovação desta experiência”, conta.
O Museu da Pessoa vem sendo construído de forma colaborativa, e tem entre as suas missões mudar a vida das pessoas a partir do contato com histórias diferentes de vida. Em pesquisa feita pelo Museu entre 2018 e 2020 com usuários da plataforma, constatou-se que aumenta a tolerância, o entendimento do outro, a alteridade, a escuta e, por consequência, o jeito de cada um ver o mundo.
Uma experiência imersiva: sua história pode ser contada por áudio, vídeo e texto
Com 30 anos de história, o Museu da Pessoa vem aperfeiçoando a maneira como oferece ao seu público formas de contar história. “Queremos que as pessoas reflitam sobre seus legados e possam compartilhá-lo com o Museu e, desta forma, com o mundo”, conta Karen. Agora, são duas opções principais oferecidas ao público. A primeira delas é o “Conte livre”, uma experiência completa, imersiva e profunda, em que o público também pode incluir, além do seu depoimento, imagens, músicas e vídeos que desejam no seu perfil.
“Um grande diferencial que criamos para tornar a experiência ainda mais rica para o público é o de contar a história de outras pessoas, e também acrescentar histórias a perfis que já tenham suas histórias contadas, com outros pontos de vista, formando um mosaico mais aprofundado”, conta Odilon Gonçalves, diretor de tecnologia do Museu.
A outra opção é a de gravação guiada, uma experiência em que o público pode contar sua história gravando um vídeo de até 3 minutos respondendo às perguntas que sugerem três temas principais: Qual é o seu legado?, Quais são suas melhores histórias de carnaval?, e Como a pandemia da Covid-19 impactou a sua vida?. Neste “cardápio de temas”, o público pode se guiar por este link e escolher qual dos temas deseja desenvolver.
Página digital da exposição “Qual é o seu Legado?”
Ao completar 30 anos, o Museu da Pessoa lança a campanha “Qual é o seu legado?”, com uma exposição presencial no Sesc Bom Retiro, em São Paulo, e acaba de lançar a versão digital da exposição pelo site Qual é o seu legado?. As respostas a essa pergunta estão sendo registradas pelos usuários, tanto pelo site, como na cabine da exposição, e integrarão o acervo do Museu.
A partir de agora, o público de qualquer parte do mundo pode acessar a exposição digital, que traz inclusive novidades com relação à exposição presencial. Pelo site Qual é o seu legado? é possível acessar histórias de vida na íntegra selecionadas pelos curadores e organizadas em eixos temáticos, além de gravar a sua história a partir do tema “Qual é o seu legado?”. A exposição atualmente está em cartaz no Sesc Bom Retiro, e segue até dia 2 de abril.
Histórias de vida presentes no Museu
O Museu da Pessoa foi criado em 1991, num momento em que nem a internet, e muito menos as redes sociais, existiam. Com o objetivo de mostrar que toda história de vida importa, o Museu já acumula, em seu acervo, mais de 18 mil histórias de vida, além de 60 mil fotografias.
São personagens conhecidos, anônimos ou famosos, com todo o tipo de história de todos os cantos do país. Do norte, por exemplo, há o indígena Ian Wapichana, nascido em Roraima e que conta que seu pai era um grande contador de histórias e revela que o nome do seu povo quer dizer, wa (nós) e pichan (gente), além de outros detalhes. De Roraima vamos a São Paulo, de onde o cantor Nando Reis relembra da influência que sua mãe teve sobre ele quando tocava violão em casa quando era pequeno.
“Acreditamos que cada história é um agente instigador de reflexões. Queremos que as pessoas tenham o desejo de compartilhar suas histórias com outras pessoas. E muitas vezes nos surpreendemos ao descobrir que mais gente quer conhecer as histórias que temos para contar”, afirma Odilon. “Para o Museu, a experiência de toda pessoa importa. Convido a todas as pessoas a compartilharem suas histórias para que sejam eternizadas no acervo do Museu”, afirma a fundadora e diretora do Museu da Pessoa, Karen Worcman.
Serviço
Lançamento nova plataforma “Conte sua história”, do Museu da Pessoa
No site www.museudapessoa.org