“Não lembro o que ele fez”: mulher denuncia motorista de app por estupro em Taboão da Serra
Caso está sendo investigado sob sigilo pelo 37º DP de Campo Limpo, segundo a SSP-SP
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A polícia investiga uma denúncia de estupro contra um motorista de aplicativo, feita por uma mulher de 51 anos. Em entrevista à TV Globo, a vítima, que mora em Taboão da Serra, contou que voltava de uma festa de família semana passada quando foi violentada. O homem foi identificado, e está em liberdade.
Segundo a vítima, ela estava em uma corrida compartilhada com a tia, um sobrinho e a namorada dele, que desceram antes dela. Ao ficar sozinha, o motorista encerrou a corrida no aplicativo e desviou para um motel na Zona Sul da capital.
Ela ainda contou que depois de ser violentada, o motorista a deixou próximo da casa dela. E somente no dia seguinte, ao sentir muitas dores, percebeu que tinha sido violentada.
“Eu não lembro o tempo que eu fiquei dentro do carro dele. Eu não lembro o que ele fez, o que ele me deu, o que aconteceu… Ele pediu o meu cartão [de aproximação], eu dei. Lá dentro, a única coisa que eu sei, o que aconteceu, foi que ele me acordou. Eu olhei, vi que a cama estava sem lençol, achei muito estranho aquilo”, relatou a vítima à TV Globo.
A vítima disse que não lembra o que aconteceu e também não tem noção do tempo que ficou no carro. Ela disse que o suspeito pediu seu cartão, que é de aproximação. E que quando acordou, a cama estava sem lençol.
“Ele me trouxe, me deixou aqui em casa. Por onde ele veio, eu também não sei. Eu sei que ele chegou aqui, parou na frente, não parou nem aqui, parou lá na frente, abriu a porta, e eu desci. Quando eu abri a porta para entrar, meu filho falou: ‘Mãe, você estava onde?’. Eu: ‘´R, não sei…’. Ele falou que eu não falava nada com nada. Eu fui direto para a cama. Quando foi 5 horas da manhã, eu estava com dor, aí eu fui tomar um banho e então vi o estrago feito em mim.”
Foi feito um boletim de ocorrência na Delegacia Policial em Taboão da Serra, além de registrar uma denúncia na Uber. A mulher foi encaminhada para o Hospital da Mulher, no Centro de São Paulo.
A Uber informou em nota, que a conta do motorista foi desativada, que verifica antecedentes criminais dos motoristas cadastrados, que irá contribuir com as investigações e repudia comportamentos abusivos contra mulheres. A empresa disse que a vítima terá direito a suporte psicológico.
Já a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSPSP) informou que o caso está sendo investigado sob sigilo. Que vítima e testemunhas já foram ouvidas e imagens de câmeras de monitoramento analisadas. O suspeito foi identificado e prestou depoimento. O caso está sendo investigado pelo 37º DP de Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo.