Niasi chegou a Taboão da Serra em 1970 e foi referência na indústria regional
Niasi chegou em Taboão da Serra na década de 1970 e ocupou um enorme terreno no Pq. Santos Dumont
Publicado no blog de Clayson Latorre
Olá amigos, nesta semana vamos relembrar mais uma matéria do nosso acervo histórico. Nessa coluna, abordamos uma matéria publicada originalmente na edição nº 318 do Jornal O Cidadão, publicada em julho de 1989. A edição mostrou o perfil empresarial da Niasi, uma das maiores indústrias de cosméticos do Brasil na época.
A Niasi foi fundada no dia 1º de março de 1935 por Niasi Melhem Abdo, um imigrante libanês que construiu um verdadeiro império. Em 1932, após perder o emprego no centro de São Paulo, Niasi começou a vender grampos de cabelo para sustentar a família. A empreitada deu certo e li começou sua história vencedora.
A modesta fábrica no bairro de Congonhas cresceu e foi transferida, na década de 1970 para Taboão da Serra onde a administração e a linha de produção ocupavam 60 mil m² cercados de muito verde. A Niasi foi um marco para a cidade, gerou empregos e renda em uma época que Taboão era considerada cidade dormitório. No seu caminho, diversas outras empresas químicas e farmacêuticas se instalaram no município nos anos seguintes.
Na década de 1980, a empresa passou a ser administrada por Maximiliano José Lopes Abdo, filho do Sr. Niasi, e empregava mais de 600 funcionários, a grande maioria de Taboão da Serra, Embu e região. O sucesso era grande, a cada lançamento, marcas como Biocolor, Risque, Restaurex, Contouré ganhavam as prateleiras de todo Brasil.
Na época, Maximiliano contou ao jornal O Cidadão que a empresa se instalou em Taboão da Serra “devido a expectativa de futuro que o município oferecia”. Mesmo longe da administração diária, o Sr. Niasi visitava a fábrica constantemente e contribuía com sugestões.
Apesar do tamanho, do volume produzido e do grande numero de empregados, a Niasi sempre foi uma empresa familiar e marcou época em Taboão da Serra, sendo uma das principais arrecadadoras de impostos para a cidade.
Porém em 2008 a Niasi foi comprada pelo conglomerado brasileiro Hypermarcas, que detinha o comando de diversas marcas como a Assolan, Bozzano e Monange. O valor do negócio foi fechado em R$ 366 milhões. A empresa continuou funcionando no mesmo prédio, gerando empregos e renda para Taboão da Serra.
Mas, em julho de 2012, a indústria instalada por mais de 30 anos instalada na rua Pedro Mari, deixou a fábrica. A Hypermarcas levou toda a linha de produção para Goiânia e a empresa encerrou suas atividades na fábrica taboanense no final do mesmo ano. 700 pessoas perderam seus empregos na época.