Nova música de Clarianas é um chamado a luta dos povos originários
Nova música das Clarianas conta com a participação da ativista indígena Ehuana Yanomami
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As Clarianas apresentam a nova música, “Garimpo Yanomami”, um canto-manifesto que denuncia o constante ataque sofrido pelo povo Yanomami por garimpeiros em solo indígena. A ação desses mineradores ilegais tem violentado terras e corpos dos povos originários presentes no território de Pindorama chamado Brasil.
O canto das Clarianas ilumina essa destruição, que vem chegando ao ponto sem retorno para a floresta amazônica e para o povo Yanomami. É preciso acabar com esse ciclo destruidor antes que o céu escureça por inteiro.
A canção vem como um chamado a luta dos povos originários. De forma poética a música aborda o sistema opressor do garimpo, passando pela fome de crianças e adultos indígenas, pela destruição das matas e dos rios, pela crueldade de garimpeiros abusadores de mulheres yanomamis, pela ostentação do ouro de gananciosos e por fim denuncia o genocídio de corpos indígenas e negros, anunciando o fortalecimento desses mesmos corpos através das divindades de Omama e Xangô.
A composição é de Naloana Lima, os arranjos de Giovani Di Ganzá com direção musical de Naruna Costa, a interpretação vocal da canção é de Clarianas com a participação especial da ativista indígena Ehuana Yanomami.
O clipe Garimpo Yanomami teve seu lançamento também no dia 28 de abril na plataforma Youtube das Clarianas @clarianas.
Fícha Técnica
Composição: Naloana Lima
Arranjos: Giovani Di Ganzá
Direção musical: Naruna Costa
Interpretação vocal da canção: Clarianas – Naruna Costa, Naloana Lima e Martinha Soares,
com a participação especial da ativista indígena Ehuana Yanomami.
As Clarianas
Clarianas é um grupo de cantadeiras urbanas da Grande São Paulo, liderado por Naruna Costa, Martinha Soares e Naloana Lima, que investiga a voz da mulher “ancestral” na música popular do Brasil. A voz é o fio condutor que revela um amplo universo sonoro, genuinamente brasileiro, que vai desde os Cânticos Indígenas aos Aboios Sertanejos, passando pelas Brincantes do Coco, Ladainhas do Catolicismo Popular, Sambas de Roda, Maracatus, Xotes, Rezas e Tambores Africanos.
Com canções autorais que documentam o cotidiano da população periférica brasileira, em sua maioria negra, Clarianas carrega em seu bojo o canto-manifesto protagonizado pela fala feminina. O grupo, liderado por 3 mulheres negras cantadeiras/atrizes/tocadeiras, conta com um time de músicos composto por um violeiro, uma rabequeira, uma percussionista, e um baixista.