O lixão que deu lugar a antena de uma rádio e batizou o principal Pronto Socorro de Taboão da Serra
Terreno de 45 mil metros quadrados, onde hoje é a Arena Multiuso, no Jd. Record, era um lixão, que foi aterrado para dar lugar a antena de uma rádio da capital
Olá amigos, nesta semana vamos relembrar mais uma matéria do nosso acervo histórico. Nessa coluna, abordamos uma matéria publicada originalmente na edição nº 100 do Jornal O Cidadão, publicada em outubro de 1984. Em Taboão da Serra o assunto do momento era a abertura de uma CPI para investigar a concessão de um terreno púbico para uma emissora de rádio da capital.
O terreno que causou discórdia no meio político de Taboão da Serra é onde está instalada hoje a Arena Multiuso. Em 1981, o então prefeito Armando Andrade publicou a lei 626/81 que autorizava “ao uso real da área por um prazo de sessenta anos de um terreno municipal com área de até 45 mil metros quadrados no loteamento denominado Jardim Record.
A CPI foi aberta para apurar o motivo que a empresa, Rede Capital de Comunicações, ao instalar sua antena no local, ter avançado 2.700 m² em uma área que era considerada via pública. A área usada pela rádio, até 1977, era usada como lixão.
Depois de ouvir diversas autoridades envolvidas na concessão, a Câmara Municipal impôs uma série de exigências para que a rádio continuasse com a concessão e a antena instalada no local. Não atendendo as imposições, o contrato de concessão foi cancelado e a rádio deixou o terreno.
Heranças
Apesar da saída, a passagem da rádio por Taboão da Serra deixou um legado. O Pronto Socorro que foi construído próximo do terreno foi logo batizado de PS da Antena, nome pelo qual é conhecido até hoje.
Outra herança deixada, mesmo que por vias tortas, foi o fim do lixão. “Desde 1977 os moradores do Jardim Mafalda e Jardim Record vinham lutando para que acabasse um dos maiores problemas de saúde pública que o município enfrentava”, escreveu o jornal.
Na época, o vereador Eunício Moraes, morador do Jd. Trianon, disse ao O Cidadão que participou da CPI, disse que “a população não havia sido informada de que a solução do problema estava condicionada à doação da área a uma empresa particular”.