Obras do Hospital Regional do Pirajuçara foram retomadas em 1997, após seis anos de paralisação
Cerca de 400 pessoas participaram de um ato público em comemoração ao reinício das obras
Olá amigos, nesta semana vamos relembrar mais uma matéria do nosso acervo histórico. Nessa coluna, abordamos uma matéria publicada originalmente na edição nº 691 do Jornal O Cidadão, publicada em abril de 1997. Entre os destaques da semana, a retomada das obras do Hospital Regional do Pirajuçara.
Os moradores mais antigos de Taboão da Serra se lembram bem do esqueleto que durante anos emoldurou a paisagem do Pirajuçara, na divisa com Embu. O esperado Hospital Regional não saia do papel e a população das duas cidades, que crescia a cada dia, se via sem opções para tratamentos de saúde que exigiam mais complexidade.
Foi no primeiro ano de mandato do prefeito Fernando Fernandes, em 1997, que as obras foram retomadas após uma visita do então governador de São Paulo, Mário Covas. No dia 24 de abril cerca de 400 pessoas participaram de um ato público em comemoração ao reinício das obras.
“Comitivas de Taboão da Serra, Embu, Itapecerica, São Lourenço e Juquitiba estavam mobilizadas para uma passeata até o Palácio dos Bandeirantes em protesto contra a paralisação das obras há 6 anos”, escreveu O Cidadão na ocasião. “Com a decisão do governador Mário Covas, autorizando a retomada da construção, o caráter da mobilização mudou para agradecimento”.
A princípio o Hospital seria gerido pelas prefeituras de Taboão da Serra e Embu das Artes. O prefeito de Embu na época, Elias Yasbek, participou da mobilização e ao lado de Fernando Fernandes chegou a separar verbas no orçamento municipal para o início dos atendimentos.
Fernandes disse: “nosso Hospital Regional não deve ser apenas um hospital em funcionamento, mas um lugar com qualidade de atendimento. Está é a nossa nova etapa de luta”. Ao Cidadão, o prefeito de Taboão declarou: “reservamos em nossos orçamentos verbas para manutenção e vamos estabelecer um plano de gestão para o nosso hospital”.
Obras aqueceram a economia
E a retomada das obras não foi comemorada apenas pela população taboanense, mas também pelas empresas de construção civil. A estimativa é que o reinício das obras tenha gerado 500 novos empregos, um número elevado para a época. A empreiteira HGM, responsável pelas obras, contratou 180 trabalhadores além de 320 terceirizados.
O então chefe do departamento de pessoal da empresa HGM, Marcelo Miranda Matos, disse na época que a empreiteira iria concentrar as contratações na região. “Tem muita mão de obra qualificada aqui”, disse ao jornal O Cidadão.
As primeiras ações depois da retomada das obras foi a limpeza geral e recuperação da construção. “A estrutura de concreto não está afetada, mas a parte da alvenaria deve ser refeita”, relatou o engenheiro Gerson Borges Leal. “As paredes, sem reboco desde 1991, ruíram ou foram depredadas. As caixas de água e os poços dos elevadores sofreram também com a deterioração”.