Para Fernando Fernandes, ampliação da malha viária será um dos maiores desafios de Taboão da Serra
O prefeito Fernando Fernandes elegeu a ampliação da malha viária como o maior desafio a médio prazo para ser superado em Taboão da Serra. Segundo ele, esse será um dos maiores desafios para os próximos prefeitos. A afirmação foi feita na sessão solene de aniversário da cidade.
Durante entrevista coletiva com a imprensa regional, Fernandes disse que o município tem apenas 11% do seu território utilizado pela malha viária. Estudos apontam que 15% é o mínimo necessário para que o município tenha uma boa mobilidade urbana.
Fernandes aponta adensamento populacional como um fator que complica ainda mais a mobilidade. “Taboão da Serra tem o maior adensamento populacional do Brasil, isso implica que para melhorar a malha viária temos que fazer desapropriações, além de ser uma tarefa ingrata, é muito caro”.
O prefeito afirmou que a ampliação da malha viária não será feita no seu mandato, mas que esse desafio deverá entrar em pauta nos próximos anos. “É um processo que será inevitável, depende de muitos recursos, mas terá que ser feita um dia”.
Frota
Taboão da Serra ultrapassou no início de 2017 o número de 264 mil veículos registrados na cidade. Os dados foram confirmados pelo secretário de Mobilidade Urbana, Gerson Brito, durante audiência pública na Câmara Municipal, em abril do ano passado. Segundo ele, são 222 mil veículos e cerca de 42 mil motos.
“Hoje temos quase um veículo por habitante na cidade. E estamos falando de uma situação em um território de 20,5 quilômetros quadrados. Nossa malha viária é de apenas 11% do município, abaixo do necessário, que é de 15%. Hipoteticamente falando, se todos os carros saíssem ao mesmo tempo, parava a cidade”, disse Gerson Brito.
Adensamento
Taboão da Serra continua sendo, pelo segundo ano consecutivo, a cidade com maior densidade demográfica do País, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgados no final do mês de agosto.
A cidade de (oficialmente) 20,38 km² alcançou a marca de 279.634 mil habitantes, um total de 13,71 mil habitantes por quilômetro quadrado. Até o ano de 2010, Taboão era o terceiro município do ranking, ficando atrás de Diadema, também na Grande São Paulo e São João de Meriti (RJ).
Com a estimativa divulgada pelo IBGE, Taboão da Serra lidera o ranking com 13,71 mil habitantes por quilômetro quadrado. O município de São José do Meriti caiu para a terceira posição este ano com uma população estimada em 460.461 mil habitantes, ou 13,07 mil hab/km². A cidade de Diadema, de acordo com a nova pesquisa, se manteve em segundo lugar, com 417.869 mil habitantes, o que representa cerca de 13,59 mil hab/km².
Dois fatores explicam a posição de Taboão da Serra em um ranking tão incômodo. O primeiro é histórico e o segundo geográfico.
Quando o município obteve sua emancipação em 1959, seu território ficou limitado a apenas 20,38 quilômetros quadrados, sendo um dos menores do Estado. Por outro lado, o crescimento vertiginoso da população, principalmente nos últimos 10 anos, devido a verticalização dos domicílios, fez com que mais pessoas tenham se fixado na cidade.
Conisud tem mais de 1 milhão de habitantes
Os oito municípios da região sudoeste da Grande São Paulo, que formam o Conisud (Consórcio Intermunicipal da região sudoeste da Grande São Paulo), juntos contam com mais de 1 milhão de moradores. Segundo os dados do IBGE, Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Juquitiba, Vargem Grande Paulista, Cotia, Embu-Guaçu e São Lourenço da Serra somam 1.120,473 de habitantes.
A cidade com maior número de habitantes é Taboão da Serra, com 279.634, seguida por Embu das Artes com 267.054, mas território bem maior, de 70,4 km². A terceira mais populosa é Cotia, com 237.750 e área de 324,01 km².
Em quarto lugar vem Itapecerica da Serra com 170.927 mil moradores em uma área de 150,8 km². Embu-Guaçu ocupa quinto lugar com 68.270 mil moradores e território de 155,6 km², seguido por Vargem Grande Paulista com 50.346 mil habitantes em uma área de 42,4 km².
As cidades com menor população completam o ranking: Juquitiba com 31.027 mil habitantes e São Lourenço da Serra com 15.467 e áreas de 522,1 km² e 186,4 km² respectivamente.