Parque Chácara do Jockey completa três anos de atividades
Inaugurado no dia 30 de abril de 2016, na divisa entre Taboão da Serra e São Paulo, a Chácara do Jockey completa nesta terça-feira três anos de atividade. O espaço de lazer e esporte atrai um grande público nos seus 143,5 mil m². Além das áreas verdes, mistura espaços para educação, esportes, cultura e locais de contemplação.
Um dos destaques da área é o maior skatepark da cidade de São Paulo e um dos três maiores circuitos públicos do Brasil. A prefeitura também inaugurou duas escolas de Educação Infantil (EMEI e CEI), uma quadra poliesportiva e uma extensa pista de caminhada. Os dois campos de futebol foram revitalizados e as construções originais da Chácara, como coreto, redondel, prédio administrativo e salão de festas foram recuperadas.
O local ganhou mesas, bancos, pergolado, playground, praça para piqueniques e banheiros com acessibilidade. Mais de 250 árvores foram plantadas no novo parque, que foi iluminado com mais de 150 lâmpadas de LED.
Para virar um parque, a Chácara do Jockey ainda teve seus muros demolidos e substituídos por gradis, como forma de conectar o espaço à cidade. As calçadas do entorno foram requalificadas, com a colocação de piso tátil. Também foram abertos seis portões de acesso, tendo como prioridade pontos próximos a paradas de ônibus e à Ciclovia Pirajussara. D
entro do parque, foram feitos processos de terraplanagem, abertura dos passeios com terra batida e solocimento. A Prefeitura também realizou ainda o desassoreamento do lago para evitar alagamentos na área e melhorar a drenagem em períodos de chuvas.
Somente na transformação da área de monta do Jockey Club para o Parque Municipal Chácara do Jockey, foram investidos mais de R$ 20 milhões.
O bairro
O Butantã, na zona oeste da cidade de São Paulo, começou a ser ocupado por volta de 1930, num movimento de urbanização contíguo à antiga Estrada de Itapecerica (atual Av. Prof. Francisco Morato). Em 1946, a propriedade rural conhecida como Chácara do Ferreira foi adquirida pelo Jockey Club de São Paulo para ali criar e treinar os cavalos de corrida. Nos anos seguintes, tornou-se posto de monta e abrigo dos animais que disputariam os páreos no hipódromo de Cidade Jardim. Na década de 1970, foi fundado o Clube Pequeninos do Jockey, voltado à formação de base de jogadores de futebol; aos poucos, o terreno foi perdendo sua função original.
Em outubro de 2014, a Prefeitura de São Paulo tomou posse da Chácara do Jockey, atendendo a uma reinvindicação de mais de 30 anos dos moradores do entorno, que desejavam ali criar um parque. Seus cerca de 143 mil m² (o equivalente a 20 campos de futebol) foram declarados de utilidade pública. A desapropriação envolveu o valor de IPTU devido pelo Jockey à Municipalidade.
Após a adequação do complexo, iniciada em 2015 para também preservar as estruturas históricas e a memória de seu espaço físico e paisagístico, a Prefeitura de São Paulo abriu o equipamento ao público em etapas, para comportar o grande porte do parque. As intervenções foram realizadas em duas etapas: a primeira permitiu a inauguração do Parque Municipal Chácara do Jockey, em abril de 2016, contempla três áreas temáticas: Núcleo Contemplativo do Pirajussara; Núcleo Cultural das Baias; e Núcleo Esportivo do Jockey. Espera-se concluir nova etapa, serão feitas obras de maior porte que envolvem o restante das baias do Polo Cultural e Criativo Municipal da Chácara do Jockey, Ed. Pedro Augustín Pérez (UMAPAZ), novas instalações da Guarda Civil Municipal, ampliação dos sanitários e readequação dos antigos silos.
HISTÓRICO
A região, rota de passagem de bandeirantes e jesuítas que se dirigiam ao interior do país, recebeu o primeiro “trapiche” montado por Afonso Sardinha, em sesmaria obtida em 1607. As terras dessa antiga sesmaria receberam vários nomes: Ybytatá, Uvatantan, Ubitatá, Butantan e, finalmente, Butantã. O nome teria dois significados possíveis: “terra socada e muito dura” e “lugar de vento forte”. Os jesuítas foram expulsos de lá em 1759 e as terras, confiscadas e vendidas. Um dos últimos proprietários foi a família Vieira de Medeiros, que as vendeu em 1915 para a Cia. City Melhoramentos (empresa responsável pela urbanização das margens do rio Pinheiros).
Datam do século XVII e XVIII duas construções históricas localizadas na região do Butantã: a Casa do Sertanista e a Casa do Bandeirante, ambas tombadas. O bairro é muito conhecido por abrigar o Instituto Butantan (com esta grafia), inaugurado em 1901. A seguir foi implantada a Cidade Universitária, determinando assim o desenvolvimento do bairro. Os bairros vizinhos surgiram a partir dos anos 1930, como Peri Peri, Vila Clodilte, Vila Gomes, Água Podre e Caxingui. Nas décadas de 40 e 50, foram os bairros Jardim Guedala, Previdência, Vila Progredior, Vila Hípica, Jardim Ademar, Jardim Trussardi e Vila Pirajussara.
O PARQUE
Em 1946, a propriedade rural conhecida como Chácara do Ferreira foi adquirida pelo Jockey Club de São Paulo com o objetivo de estabelecer um local adequado para a criação e treinamento de cavalos de corrida. Nos anos seguintes, a Chácara funcionou como posto de monta e abrigo dos animais que disputariam os páreos no hipódromo de Cidade Jardim. Na década de 70, foi fundado o Clube Pequeninos do Jockey, voltado à formação de base de jogadores de futebol e, no período posterior, o terreno foi perdendo sua função original.
Em outubro de 2014, a Prefeitura de São Paulo tomou posse da Chácara do Jockey, atendendo a uma reinvindicação de mais de 30 anos dos moradores da região pela criação de um parque. Com mais de 143 mil m² (o equivalente a 20 campos de futebol), a área foi declarada de utilidade pública e sua desapropriação envolveu um processo de negociação com o Jockey Club – onde a indenização pelo imóvel foi compensada pela dívida de IPTU acumulada ao longo dos anos pelo proprietário com a administração municipal.
Em 2015, deu-se início à adequação do complexo visando à preservação de estruturas históricas, a memória do espaço físico e paisagístico e a adaptação do local em parque público urbano. Considerando a dimensão e complexidade das obras e o compromisso da Prefeitura de São Paulo em abrir o equipamento ao público, as intervenções na propriedade foram divididas em duas etapas. A primeira, que permitiu a inauguração do Parque Municipal Chácara do Jockey em abril de 2016, contempla três áreas temáticas: Núcleo Contemplativo do Pirajussara; Núcleo Cultural das Baias; e Núcleo Esportivo do Jockey.
Já na segunda etapa, serão feitas obras de maior porte que envolve o restante das baias do Polo Cultural e Criativo Municipal da Chácara do Jockey, Ed. Pedro Augustín Pérez (UMAPAZ), novas instalações da Guarda Civil Municipal, ampliação dos sanitários e readequação dos antigos silos.
COMO CHEGAR:
- 809L-10 Campo Limpo / Lapa
- 8026-10 Jd. Ingá / Butantã
- 746H-10 Jd. Jaqueline / Santo Amaro
- 6250-10 Jd. Jaqueline / Terminal Bandeira
- 8605-10 Terminal Campo Limpo / Terminal Bandeira
- 8075-10 Terminal Campo Limpo / Metrô Butantã
- 857A-10 Terminal Campo Limpo / Metrô Santa Cruz